Plano quer ocupação econômica da região Tocantins/Araguaia
O Estado - 15/04/09
Diretrizes aprovadas ontem incentivam ampliação da área de agricultura irrigada e construção de hidrovias
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou ontem um plano estratégico para a Bacia Tocantins/Araguaia que multiplica por 15 a área potencial para agricultura irrigada, expandindo o cultivo de grãos e outros produtos na região. Hoje 200 mil hectares irrigados são utilizados, mas o potencial para o uso da irrigação em toda a área é de 3 milhões de hectares.
A bacia tem área superior a 1 milhão de quilômetros quadrados e representa 11% do território nacional. Ela cobre todo o Estado do Tocantins e abrange parte do território de Goiás, Mato Grosso, Maranhão e Pará, além do Distrito Federal.
A região já é conhecida por seu potencial energético. As usinas hidrelétricas construídas na bacia somam mais de 11 mil megawats instalados, o que corresponde a 15,7% da potência oferecida no Brasil. No mesmo território se encontra a Província Mineral de Carajás.
SÓ VANTAGENS
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que preside o Conselho de Recursos Hídricos, o plano aprovado ontem vai permitir ao governo tratar de forma "ampla, conjunta e racional" questões como irrigação e construção de hidrovias, eclusas e hidrelétricas na região.
Um dos exemplos citados pelo ministro foi o da agricultura irrigada. "Isso fará com que o Brasil produza muito mais alimentos, o que será bom para o mundo, que terá maior oferta, e para o próprio País, porque poderá haver redução no preço dos produtos."
Segundo Minc, a possibilidade de fazer hidrovias na Bacia do Tocantins/Araguaia poderá ajudar até no combate ao aquecimento global. "Mais hidrovias representam menos estradas e asfalto e, consequentemente, menos queima de óleo diesel."
O governo marcou para 8 de maio reunião para tratar dos potenciais econômicos da bacia. Participarão dez ministros, entre os quais Dilma Rousseff (Casa Civil), Minc, Edison Lobão (Minas e Energia), Guido Mantega (Fazenda), Nelson Jobim (Defesa) e Reinhold Stephanes (Agricultura).
PRIORIDADE
O território brasileiro é dividido em 12 regiões hidrográficas, das quais a Tocantins/Araguaia é a mais extensa em área de drenagem e a segunda maior em área de vazão, inferior apenas à do Amazonas. A ANA definiu a bacia como prioritária para a política nacional de recursos hídricos (Lei 9433/97).
Em 2005, a ANA iniciou os estudos do plano estratégico da bacia. As dimensões equivalem a 1,5 vez a Bacia do Rio São Francisco e a vazão média é de 13.799 m³/s (8% do total do País).
A região apresenta dois importantes biomas: a floresta amazônica, que ocupa a porção norte/noroeste da região (35% da área total), e o cerrado (65%).
Fonte: O Estado de S. Paulo
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ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
O Estado - 15/04/09
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O Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou ontem um plano estratégico para a Bacia Tocantins/Araguaia que multiplica por 15 a área potencial para agricultura irrigada, expandindo o cultivo de grãos e outros produtos na região. Hoje 200 mil hectares irrigados são utilizados, mas o potencial para o uso da irrigação em toda a área é de 3 milhões de hectares.
A bacia tem área superior a 1 milhão de quilômetros quadrados e representa 11% do território nacional. Ela cobre todo o Estado do Tocantins e abrange parte do território de Goiás, Mato Grosso, Maranhão e Pará, além do Distrito Federal.
A região já é conhecida por seu potencial energético. As usinas hidrelétricas construídas na bacia somam mais de 11 mil megawats instalados, o que corresponde a 15,7% da potência oferecida no Brasil. No mesmo território se encontra a Província Mineral de Carajás.
SÓ VANTAGENS
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que preside o Conselho de Recursos Hídricos, o plano aprovado ontem vai permitir ao governo tratar de forma "ampla, conjunta e racional" questões como irrigação e construção de hidrovias, eclusas e hidrelétricas na região.
Um dos exemplos citados pelo ministro foi o da agricultura irrigada. "Isso fará com que o Brasil produza muito mais alimentos, o que será bom para o mundo, que terá maior oferta, e para o próprio País, porque poderá haver redução no preço dos produtos."
Segundo Minc, a possibilidade de fazer hidrovias na Bacia do Tocantins/Araguaia poderá ajudar até no combate ao aquecimento global. "Mais hidrovias representam menos estradas e asfalto e, consequentemente, menos queima de óleo diesel."
O governo marcou para 8 de maio reunião para tratar dos potenciais econômicos da bacia. Participarão dez ministros, entre os quais Dilma Rousseff (Casa Civil), Minc, Edison Lobão (Minas e Energia), Guido Mantega (Fazenda), Nelson Jobim (Defesa) e Reinhold Stephanes (Agricultura).
PRIORIDADE
O território brasileiro é dividido em 12 regiões hidrográficas, das quais a Tocantins/Araguaia é a mais extensa em área de drenagem e a segunda maior em área de vazão, inferior apenas à do Amazonas. A ANA definiu a bacia como prioritária para a política nacional de recursos hídricos (Lei 9433/97).
Em 2005, a ANA iniciou os estudos do plano estratégico da bacia. As dimensões equivalem a 1,5 vez a Bacia do Rio São Francisco e a vazão média é de 13.799 m³/s (8% do total do País).
A região apresenta dois importantes biomas: a floresta amazônica, que ocupa a porção norte/noroeste da região (35% da área total), e o cerrado (65%).
Fonte: O Estado de S. Paulo
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