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18 de maio de 2009

AUMENTO DA DENGUE - POÇAS DE ÁGUAS PARADAS DAS ENCHENTES AUMENTAM CRIADOUROS DO MOSQUITO

Estados atribuem aumento de casos de dengue a descuido da população

O professor Marcos Boulos - MED/USP, explica que as águas acumuladas das enchentes, enquanto não baixam e transformam as ruas em rios, não são a principal preocupação. “Nesse caso, as águas não estão paradas. O problema mais sério começa quando as águas baixam e ficam as poças e a água acumulada em pneus, por exemplo”, diz

Portal G1 - 18/05/2009

Dados divulgados durante a semana pelo Ministério da Saúde apontam para uma queda significativa dos casos de dengue registrados no país, se comparados os períodos de 1º de janeiro até 11 de abril de 2008 e 2009. Os registros caíram 49%, segundo o último balanço parcial sobre a doença. Apesar da redução, estados como Acre, Espírito Santo e Bahia registraram grande aumento no número de casos da dengue.

“Para diagnosticar as causas desse aumento, é necessário conhecer de perto o cotidiano de cada um desses estados. Há múltiplos fatores que podem levar ao crescimento dos casos de dengue em uma região, como as condições climáticas, por exemplo. Se chove mais, há maior proliferação do mosquito transmissor da doença”, diz Marcos Boulos, professor de moléstias infecciosas e parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O especialista afirma ainda que a falta de educação da população e a não priorização da vigilância quanto aos focos de dengue também podem causar o aumento de casos da doença.

Segundo o ministério, nas primeiras 15 semanas de 2008, o estado da Bahia registrou 17.169 casos de dengue. No mesmo período, em 2009, esse número passou para 56.135. “Convivemos com a doença há 16 anos na Bahia e notamos que a cada seis anos há um pico de casos de dengue. Além disso, com o passar dos anos, a população relaxou os cuidados no trabalho de combate ao vetor, o que causou esse aumento”, diz ao G1 Lorene Pinto, superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde.

Lorene explica que o contágio por um dos quatro sorotipos do vírus da dengue imuniza o paciente a esse subtipo da doença, mas o deixa suscetível a outros subtipos, que podem, inclusive, estar associados a casos mais graves da doença.

No Espírito Santo, o número de casos passou de 14.928, em 2008, para 29.653, em 2009. Segundo Agnes Lima, coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do estado, o aumento se deve a descuidos da população, aliados a fatores climáticos. “Para muitas pessoas, a dengue é apenas uma doença de manhosos, que causa algumas dores no corpo e uma febre que passa. É preciso, no entanto, conscientizar a população de que o combate à dengue deve ser feito o ano todo. A doença só existe se houver o mosquito”, diz.

Os casos de dengue no Acre, também no mesmo período abrangido pelo balanço do ministério, subiram de 1.221, em 2008, para 15.686, em 2009. De acordo com Adriana Evangelista, gerente da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, nas avaliações realizadas pala equipe técnica foram apontados vários fatores que favoreceram essa epidemia.

“Podemos ressaltar o período chuvoso na Amazônia, com a manutenção de vários criadouros potenciais; o alto índice de infestação nos imóveis; e a mudança no processo seletivo de agentes de endemias, que antes era um processo simplificado e passou a se dar por contrato efetivo após concurso público”, diz. A especialista aponta ainda para o índice de infestação de 48% dos imóveis no departamento de Pando/Cobija, fronteira da Bolívia com o Brasil.

Cheias no Norte e no Nordeste

Boulos acredita que pode haver um aumento significativo dos casos de dengue nos estados atingidos pelas chuvas no Norte e Nordeste do país. Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, mais de 1 milhão de pessoas foram atingidas pelas cheias em 12 estados dessas regiões. “Em áreas em que há forte incidência de chuvas e cheias, é muito importante que o cuidado dos vigilantes seja redobrado. É preciso monitorar as águas paradas, continuar a educação populacional e drenar os córregos rapidamente”, diz.

O professor explica que as águas acumuladas das enchentes, enquanto não baixam e transformam as ruas em rios, não são a principal preocupação. “Nesse caso, as águas não estão paradas. O problema mais sério começa quando as águas baixam e ficam as poças e a água acumulada em pneus, por exemplo”, diz. Para Boulos, a única forma de conter o aumento no número de casos nos estados atingidos pelas enchentes é fortalecer a educação da população e monitorar a água parada.

(Fonte: G1/Ambiente Brasil)

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