Começa o III Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável
Envolverde - 28/10/2009
A floresta amazônica tem cada vez mais importância no cenário global das mudanças climáticas. A manutenção do clima, do regime hídrico e do patrimônio genético são apenas alguns dos serviços ambientais que a floresta presta à humanidade e que a colocam no foco do interesse mundial. Temas como Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd), o papel dos povos da floresta na conservação e uso sustentável da biodiversidade e a economia de baixo carbono estabelecem a conexão entre o debate climático e o desenvolvimento amazônico.
Por isso esses assuntos serão discutidos durante o III Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável, que começa nesta quarta-feira 28 de outubro em Belém (PA). Estudiosos, organizações sociais, governos, empresários e ONGs participarão do evento que terá dois dias de programações.
O encontro será o último evento relacionado às mudanças climáticas realizado no Brasil antes da Conferência do Clima, no mês de dezembro em Copenhague. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, fará parte da cerimônia de abertura. Ela integra o grupo dos governadores amazônicos envolvidos nas propostas que o Brasil levará para a COP 15.
A programação terá início com a conferência magna do professor Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris, que também participa dos debates do primeiro painel: O desafio brasileiro: desenvolvimento includente e sustentável. No debate estarão também Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico – GTA, o executivo Fábio Abdala (Alcoa) e o professor José Eli da Veiga, da Universidade de São Paulo.
Foco na Amazônia
O segundo painel do dia: Desafios para o desenvolvimento sustentável da Amazônia apresentará o enfoque regional na busca da sustentabilidade. Participam Beto Veríssimo, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon, os executivos Yuri Feres (Wal-Mart), Sérgio Amoroso (Grupo Orsa) e Ricardo Henriques (BNDES) e o prefeito de Paragominas (PA), Adnan Demachki. O município está se tornando uma referência na Amazônia quando o assunto é redução do desmatamento e políticas públicas sustentáveis.
O fundamental é que o desenvolvimento na Amazônia seja resultado de uma economia pró-floresta, defendem algumas das vozes mais influentes sobre o tema. “No debate internacional sobre as mudanças climáticas, a Amazônia aparece como vilã dos desmatamentos maciços – que devem ser coibidos – e não como um gigantesco laboratório para o desenvolvimento sustentável construído com base no bom uso da terra”, lembra Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris. É essa nova visão para a Amazônia que estará no centro das discussões do III
Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável
“Será necessário um esforço nacional e global se quisermos ter a Amazônia preservada. O modelo de desenvolvimento que tinha o desmatamento como principal vetor está condenado. As políticas públicas não podem mais se resumir ao controle do desmatamento. É preciso investir em pesquisa, educação e estimular uma economia de baixo carbono”, diz o pesquisador Adalberto Veríssimo, do Imazon.
Segundo Veríssimo, o manejo florestal, a remuneração por serviços ambientais via-REDD, o aproveitamento de áreas desmatadas para a pecuária, hidreletricidade e o turismo também devem ser estimulados. Para Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, o desenvolvimento da Amazônia depende da valorização da floresta e de toda sua diversidade biológica e cultural. “Desmatar é um problema para o clima; conservar é uma solução” aponta.
O Brasil na COP-15
III Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável será encerrado com o debate sobre Mudanças Climáticas e COP-15. O assessor do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, trará os últimos informes sobre a posição brasileira para a conferência do clima. Farão parte da mesa Neilton Fidelis, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas – FBMC, o executivo Luiz Claudio Castro (Vale), Francisco Iglesias, do Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – FBOMS e o líder Julio Barbosa, do Conselho Nacional de Seringueiros – CNS.
O Fórum Amazônia Sustentável exerce um importante papel político na articulação da sociedade brasileira em torno do tema das mudanças climáticas, sua relação com os povos da floresta, e a preservação da Amazônia na perspectiva do desenvolvimento econômico e social. Em 2009, a entidade promoveu uma série de eventos para influir na posição do governo brasileiro durante a COP 15. Em agosto, articulou com vários segmentos sociais e entregou ao governo brasileiro uma Carta de Princípios sobre REDD (veja em: www.forumamazoniasustentavel.org.br). Também realizou um debate sobre REDD e Povos da Floresta no Acre e participou da organização do evento que reuniu em São Paulo, no final de agosto, os principais empresários brasileiros para discutir a participação do setor privado no combate às mudanças climáticas.
Por isso esses assuntos serão discutidos durante o III Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável, que começa nesta quarta-feira 28 de outubro em Belém (PA). Estudiosos, organizações sociais, governos, empresários e ONGs participarão do evento que terá dois dias de programações.
O encontro será o último evento relacionado às mudanças climáticas realizado no Brasil antes da Conferência do Clima, no mês de dezembro em Copenhague. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, fará parte da cerimônia de abertura. Ela integra o grupo dos governadores amazônicos envolvidos nas propostas que o Brasil levará para a COP 15.
A programação terá início com a conferência magna do professor Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris, que também participa dos debates do primeiro painel: O desafio brasileiro: desenvolvimento includente e sustentável. No debate estarão também Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico – GTA, o executivo Fábio Abdala (Alcoa) e o professor José Eli da Veiga, da Universidade de São Paulo.
Foco na Amazônia
O segundo painel do dia: Desafios para o desenvolvimento sustentável da Amazônia apresentará o enfoque regional na busca da sustentabilidade. Participam Beto Veríssimo, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon, os executivos Yuri Feres (Wal-Mart), Sérgio Amoroso (Grupo Orsa) e Ricardo Henriques (BNDES) e o prefeito de Paragominas (PA), Adnan Demachki. O município está se tornando uma referência na Amazônia quando o assunto é redução do desmatamento e políticas públicas sustentáveis.
O fundamental é que o desenvolvimento na Amazônia seja resultado de uma economia pró-floresta, defendem algumas das vozes mais influentes sobre o tema. “No debate internacional sobre as mudanças climáticas, a Amazônia aparece como vilã dos desmatamentos maciços – que devem ser coibidos – e não como um gigantesco laboratório para o desenvolvimento sustentável construído com base no bom uso da terra”, lembra Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos Sociais de Paris. É essa nova visão para a Amazônia que estará no centro das discussões do III
Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável
“Será necessário um esforço nacional e global se quisermos ter a Amazônia preservada. O modelo de desenvolvimento que tinha o desmatamento como principal vetor está condenado. As políticas públicas não podem mais se resumir ao controle do desmatamento. É preciso investir em pesquisa, educação e estimular uma economia de baixo carbono”, diz o pesquisador Adalberto Veríssimo, do Imazon.
Segundo Veríssimo, o manejo florestal, a remuneração por serviços ambientais via-REDD, o aproveitamento de áreas desmatadas para a pecuária, hidreletricidade e o turismo também devem ser estimulados. Para Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental, o desenvolvimento da Amazônia depende da valorização da floresta e de toda sua diversidade biológica e cultural. “Desmatar é um problema para o clima; conservar é uma solução” aponta.
O Brasil na COP-15
III Encontro Anual do Fórum Amazônia Sustentável será encerrado com o debate sobre Mudanças Climáticas e COP-15. O assessor do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, trará os últimos informes sobre a posição brasileira para a conferência do clima. Farão parte da mesa Neilton Fidelis, do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas – FBMC, o executivo Luiz Claudio Castro (Vale), Francisco Iglesias, do Fórum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – FBOMS e o líder Julio Barbosa, do Conselho Nacional de Seringueiros – CNS.
O Fórum Amazônia Sustentável exerce um importante papel político na articulação da sociedade brasileira em torno do tema das mudanças climáticas, sua relação com os povos da floresta, e a preservação da Amazônia na perspectiva do desenvolvimento econômico e social. Em 2009, a entidade promoveu uma série de eventos para influir na posição do governo brasileiro durante a COP 15. Em agosto, articulou com vários segmentos sociais e entregou ao governo brasileiro uma Carta de Princípios sobre REDD (veja em: www.forumamazoniasustentavel.org.br). Também realizou um debate sobre REDD e Povos da Floresta no Acre e participou da organização do evento que reuniu em São Paulo, no final de agosto, os principais empresários brasileiros para discutir a participação do setor privado no combate às mudanças climáticas.
Sobre o Fórum: O Fórum Amazônia Sustentável é um espaço permanente de debates sobre a Amazônia. Foi fundado em novembro de 2007 com a missão de mobilizar representantes de diversos segmentos sociais e promover diálogo e cooperação para articular ações visando a uma Amazônia justa e sustentável. Navegue: www.forumamazoniasustentavel.org.br
(Envolverde/Assessoria)
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