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2 de dezembro de 2009

BELEZAS E PROBLEMAS DO MEIO AMBIENTE DO BRASIL - SÉRIE DO BOM DIA BRASIL DA GLOBO

02/12/09 -

Amazônia, que concentra 20% da água doce do planeta, pede socorro

É preciso ter uma agenda de desenvolvimento econômico para a floresta.

Bom Dia Brasil - Globo.com

O Bom Dia exibe, esta semana, mais uma série especial: as belezas e os problemas do meio ambiente no Brasil.

Parece uma só floresta, mas a Amazônia não é um tapete verde que se perde no horizonte. É mata de terra firme, floresta alagada, campo natural, é a maior bacia hidrográfica do mundo com 20% da água doce do planeta.

Com oito milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia é do tamanho da Europa Ocidental, metade está no Brasil. A outra metade está espalhada por oito países. Uma em cada três espécies de árvore do planeta se encontra lá, sem falar na variedade de plantas, pássaros e os rios com cerca de três mil tipos de peixes, do minúsculo Cardinal ao gigante Pirarucu.

“Nós não sabemos exatamente quantos organismos tem na Amazônia. Provavelmente, nunca vamos saber quantos tem. O que precisamos saber é o suficiente para tomar decisões hoje, para não tomar decisões incompletas, baseadas em informações incompletas. Assim, se nós não tomarmos essas decisões, nós não vamos conservar a Amazônia”, diz o pesquisador do INPA Willian Magnuson.

No labirinto verde, os caminhos são muitos, há muito para descobrir, é uma corrida contra o tempo. Quando uma floresta é destruída, um conjunto de plantas e bichos, a biodiversidade se perde para sempre, é um mal irremediável, prejuízo para ciência e para economia do Brasil.

O maior bioma do país representa apenas 8% do PIB nacional, a soma de tudo que é produzido pela economia, os lucros obtidos com a maior biodiversidade do planeta são ainda menores, O,6%. Os números comprovam a incapacidade de transformar o patrimônio natural em riqueza e qualidade de vida na região.

Dezessete por cento da Amazônia já viraram fumaça, deram lugar a pastos e lavouras. Em contrapartida, a preocupação com o bioma aumentou e a vigilância também. Os índices do desmatamento, que é monitorado por satélite, repercutem no mundo inteiro e indicam queda no ritmo da devastação. A crise econômica e as chuvas intensas contribuíram, mas o ambientalista Adalberto Veríssimo acredita que mudanças nas leis foram decisivas para isso.

“As medidas em vigor de combate ao desmatamento são medidas corretas, são duras e obviamente elas são agora objeto de bombardeio no Congresso. É fundamental que as medidas sejam mantidas e que, também, a gente coloque uma agenda econômica para a Amazônia, uma agenda de desenvolvimento econômico, não bastam apenas medidas repressivas. Precisa de uma agenda de promoção de uma nova economia. O Brasil precisa colocar recursos à altura da Amazônia”, explica o ambientalista.

Para conservar o bioma, é preciso encontrar alternativas para os mais de 20 milhões de habitantes das florestas e das cidades. Mas quem vai pagar os custos da preservação? Uma proposta surgiu em Novo Aripuanã.

“Ao termos um desmatamento previsto em uma determinada área, se evitarmos esse desmatamento, vamos estar evitando as emissões de gases do efeito estufa decorrentes desse desmatamento. A ação de evitar se transforma em créditos de carbono”, indica o ambientalista João Tezza.

Ter crédito no mercado voluntário de carbono é uma maneira de cobrar pelo serviço de manter a floresta intacta, ganha mais quem conserva mais. Em uma reserva, os créditos de carbono foram comprados por uma rede de hotéis que ajudou a financiar um núcleo de estudos. O castanheiro Aderbal cuida das árvores como se fossem dele. As castanhas são a principal fonte de renda da família: “Com boas práticas, a gente vai esperar bons preços”.

Fama não significava reconhecimento. Durante décadas, se pagou muito pouco pelo fruto da castanheira no mercado mundial de amêndoas. Mas isso vem mudando, as pessoas descobriram o alto valor nutricional, ecológico e social do fruto.

Há dois anos, cerca de 400 castanheiros da região decidiram se reunir em uma cooperativa. Com o trabalho cuidadoso de manejo florestal, a castanha sai de Manicoré para o sul e sudeste do país. A intenção é que ela vá ainda mais longe.

“Se você vende a castanha por R$ 15 no mercado nacional, para fora você consegue R$ 28, R$ 30 por um quilo. O castanheiro se sente mais valorizado e ai tem condições de ele continuar na Floresta, de continuar trabalhando nessa produção sem agredir o meio ambiente“ fala a presidente da cooperativa Verde Manicoré, Maria Suely Gomes.

“A Amazônia é fundamental para o mundo e é o passaporte para o Brasil no século XXI. O Brasil vai se tornar uma potência no século XXI graças à Amazônia, pelo que ela tem de diferencial no planeta. Ninguém tem uma floresta tão importante, tão vital para o planeta como o Brasil tem”, diz o ecologista Adalberto Veríssimo.



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