Projeto estimula conservação de espécies ameaçadas.
Projeto estimula conservação de espécies ameaçadas
por João Bosco Carbogim — Última modificação 26/09/2011 15:45 Fonte: Diário do Nordeste/Regional
Com apoio da Aquasis, peixe-boi marinho, boto cinza, periquito cara-suja e soldadinho-do-araripe serão preservado
Boto cinza, uma das espécies que está ameaçada de extinção, agora terá mais chance de ser conservada com o projeto da Aquasis. Uma vitória para a natureza. FOTOS: DIVULGAÇÃO
Icapuí. Aves e mamíferos marinhos estão sob sério risco de extinção, e a biodiversidade do Ceará está ameaçada. Os problemas são os mais diversos, mas todos convergem para a relação homem-meio ambiente. No Ceará, associações de pescadores, ONGs de pesquisadores e estudantes estão preocupados. E agindo. Dessa forma, espécies como peixe-boi marinho, boto cinza, periquito cara-suja e soldadinho-do-araripe, ameaçadas de extinção, têm uma chance de sobrevivência. Ou melhor, o homem tem uma chance de não atentar mais uma vez contra a natureza.
Reflexo do que já tem ocorrido em importantes regiões do Brasil, a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) lançou o Projeto Extinção Zero no Ceará. A Aquasis é referência no Nordeste em pesquisa e trabalhos de conservação da biodiversidade brasileira, e já foi pauta de algumas das matérias do Bem-Estar Animal.
Estratégia
A estratégia desta Organização Não Governamental (ONG), formada principalmente por biólogos, é estimular a educação pela preservação da natureza na zona costeira do Ceará. E isso, em uma cidade, vai do pescador ao vereador, parte da educação infantil e passa por uma série de indivíduos que num momento ou outro podem interferir na biodiversidade.
O Município de Icapuí, localizado no Litoral Leste do Ceará, é um dos principais celeiros de passagem de aves migratórias do Brasil, daí a importância das atividades de conservação no Estado.
Objetivo
O Projeto Extinção Zero tem como principal objetivo evitar a extinção de espécies e degradação dos serviços ambientais essenciais, focando principalmente o Estado do Ceará. Para a consecução de seu objetivo, a Aquasis estabeleceu o Programa Extinção Zero no Ceará, que trabalha com as espécies mais ameaçadas do Estado, em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. Essas espécies são utilizadas como símbolo para a proteção dessas áreas críticas do Estado.
Parceria
"O Projeto Extinção Zero foi criado, mas ele funciona em parceria com várias outras atividades, todas visando à conservação das espécies com maiores riscos de desaparecer do litoral do Ceará, do Nordeste ou mesmo do Brasil", afirma a bióloga Thais Moura Campos, coordenadora do projeto.
As principais estratégias adotadas pela Aquasis são a consolidação e implementação de Planos de Ação para estas espécies, articulação de áreas protegidas e a condução de campanhas de educação ambiental, de modo a garantir o envolvimento da comunidade local no processo de proteção do seu meio.
Dentro do processo de conservação do peixe-boi marinho no Ceará, o Projeto Manatí e a criação do Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos desempenham um papel estratégico para a conservação da espécie.
Além disso, outras ações da instituição, previstas no Plano Nacional de Conservação de Sirênios (PAN Sirênios) criam uma sinergia, potencializando os resultados.
Aliança brasileira
No ano passado, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com fundações, ONGs, movimentos sociais, estados e municípios, lançou a Aliança Brasileira para Extinção Zero.
Preocupação
A intenção é conjugar as capacidades técnicas, científicas, financeiras e políticas de organizações governamentais e não-governamentais, nacionais e internacionais, para a conservação e recuperação das espécies constantes das Listas Oficiais de Espécies da Fauna e da Flora Brasileiras Ameaçadas de Extinção. Essa preocupação já consta na própria Constituição brasileira e na Convenção sobre Diversidade Biológica (da Organização das Nações Unidas-ONU), entre outros instrumentos legais, visando à conservação e manutenção da biodiversidade brasileira para as gerações presentes e futuras e a redução significativa das atuais taxas de perda de biodiversidade.
Estatística
Todos os anos acontece encalhes de peixes-bois marinhos e botos nas praias do Ceará. E a estatística assusta. A estimativa é de que na zona costeira brasileira (mas principalmente entre Alagoas e Amapá) existam apenas cerca de 500 peixes-bois marinhos. No Ceará, houve resgate de aproximadamente 40 mamíferos marinhos (principalmente golfinhos). Mas o resgate não significa sobrevivência, pois depende do estado de saúde do animal, bem como as condições de desencalhe.
Em Aracati, a equipe da Campanha de Educação Ambiental do Projeto Manatí (outra atividade desenvolvida com a mesma finalidade) conseguiu apoio das autoridades para a instituição do Dia do Peixe-Boi, para 4 de outubro, quando também já se comemora o Dia de São Francisco e o Dia Internacional dos Animais.
O periquito cara-suja e o soldadinho-do-araripe, que são espécies com risco de extinção, são encontradas somente no Ceará, daí a preocupação dos ambientalistas para que essas aves sejam conservadas. A Aquasis conta com o apoio de várias associações (notadamente de famílias de pescadores) na zona costeira cearense. Uma delas é a Associação ReciCriança, e Aracati, que no início do mês recebeu um curso de resgate de mamíferos marinhos. No I Encontro dos Povos do Mar, realizado há um mês no Município de Caucaia, várias comunidades litorâneas conheceram o Projeto Extinção Zero, bem como as campanhas educativas desenvolvidas.
Reflexo do que já tem ocorrido em importantes regiões do Brasil, a Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis) lançou o Projeto Extinção Zero no Ceará. A Aquasis é referência no Nordeste em pesquisa e trabalhos de conservação da biodiversidade brasileira, e já foi pauta de algumas das matérias do Bem-Estar Animal.
Estratégia
A estratégia desta Organização Não Governamental (ONG), formada principalmente por biólogos, é estimular a educação pela preservação da natureza na zona costeira do Ceará. E isso, em uma cidade, vai do pescador ao vereador, parte da educação infantil e passa por uma série de indivíduos que num momento ou outro podem interferir na biodiversidade.
O Município de Icapuí, localizado no Litoral Leste do Ceará, é um dos principais celeiros de passagem de aves migratórias do Brasil, daí a importância das atividades de conservação no Estado.
Objetivo
O Projeto Extinção Zero tem como principal objetivo evitar a extinção de espécies e degradação dos serviços ambientais essenciais, focando principalmente o Estado do Ceará. Para a consecução de seu objetivo, a Aquasis estabeleceu o Programa Extinção Zero no Ceará, que trabalha com as espécies mais ameaçadas do Estado, em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade. Essas espécies são utilizadas como símbolo para a proteção dessas áreas críticas do Estado.
Parceria
"O Projeto Extinção Zero foi criado, mas ele funciona em parceria com várias outras atividades, todas visando à conservação das espécies com maiores riscos de desaparecer do litoral do Ceará, do Nordeste ou mesmo do Brasil", afirma a bióloga Thais Moura Campos, coordenadora do projeto.
As principais estratégias adotadas pela Aquasis são a consolidação e implementação de Planos de Ação para estas espécies, articulação de áreas protegidas e a condução de campanhas de educação ambiental, de modo a garantir o envolvimento da comunidade local no processo de proteção do seu meio.
Dentro do processo de conservação do peixe-boi marinho no Ceará, o Projeto Manatí e a criação do Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos desempenham um papel estratégico para a conservação da espécie.
Além disso, outras ações da instituição, previstas no Plano Nacional de Conservação de Sirênios (PAN Sirênios) criam uma sinergia, potencializando os resultados.
Aliança brasileira
No ano passado, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com fundações, ONGs, movimentos sociais, estados e municípios, lançou a Aliança Brasileira para Extinção Zero.
Preocupação
A intenção é conjugar as capacidades técnicas, científicas, financeiras e políticas de organizações governamentais e não-governamentais, nacionais e internacionais, para a conservação e recuperação das espécies constantes das Listas Oficiais de Espécies da Fauna e da Flora Brasileiras Ameaçadas de Extinção. Essa preocupação já consta na própria Constituição brasileira e na Convenção sobre Diversidade Biológica (da Organização das Nações Unidas-ONU), entre outros instrumentos legais, visando à conservação e manutenção da biodiversidade brasileira para as gerações presentes e futuras e a redução significativa das atuais taxas de perda de biodiversidade.
Estatística
Todos os anos acontece encalhes de peixes-bois marinhos e botos nas praias do Ceará. E a estatística assusta. A estimativa é de que na zona costeira brasileira (mas principalmente entre Alagoas e Amapá) existam apenas cerca de 500 peixes-bois marinhos. No Ceará, houve resgate de aproximadamente 40 mamíferos marinhos (principalmente golfinhos). Mas o resgate não significa sobrevivência, pois depende do estado de saúde do animal, bem como as condições de desencalhe.
Em Aracati, a equipe da Campanha de Educação Ambiental do Projeto Manatí (outra atividade desenvolvida com a mesma finalidade) conseguiu apoio das autoridades para a instituição do Dia do Peixe-Boi, para 4 de outubro, quando também já se comemora o Dia de São Francisco e o Dia Internacional dos Animais.
O periquito cara-suja e o soldadinho-do-araripe, que são espécies com risco de extinção, são encontradas somente no Ceará, daí a preocupação dos ambientalistas para que essas aves sejam conservadas. A Aquasis conta com o apoio de várias associações (notadamente de famílias de pescadores) na zona costeira cearense. Uma delas é a Associação ReciCriança, e Aracati, que no início do mês recebeu um curso de resgate de mamíferos marinhos. No I Encontro dos Povos do Mar, realizado há um mês no Município de Caucaia, várias comunidades litorâneas conheceram o Projeto Extinção Zero, bem como as campanhas educativas desenvolvidas.
Periquito-cara-suja também está na lista das aves que estão sumindo.
No entanto, com essa nova conscientização, serão salvos da extinção
No entanto, com essa nova conscientização, serão salvos da extinção
Encalhes
500 peixes-bois marinhos existem no Brasil, um número muito pequeno. Todos os anos acontece encalhes deste animais e de botos nas praias do Ceará. E a estatística assusta.
Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis)
Telefone: (85) 3318.4911
Melquíades júnior
Repórter
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