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10 de dezembro de 2012

SOS RIO POTI - TERESINA (PI) - MUNICÍPIO, ESTADO E UNIÃO PRECISAM SE UNIR PARA SALVAR O RIO



Semar diz que só a população pode acabar com a poluição do Poti


A capital que um dia já foi chamada "Cidade Verde' parece querer o título de volta. Pelo menos quem olha para um dos rios que corta Teresina já encontra o verde em abundância. Mas a história não é bem assim. O verde do rio Poti na verdade é reflexo de um problema grave existente na cidade: a poluição dos rios. Toda a extensão do rio, de uma margem a outra, está coberta por aguapés e Canarana. Duas plantas que se proliferam em ambientes aquáticos altamente poluídos.



Os aguapés, também conhecidos como jacinto d'água, são plantas aquáticas originários da bacia amazônica. Nos rios e lagos exercem a função de absorver a poluição através de raízes finas e longas com enorme quantidade de bactérias e fungos que absorvem as moléculas tóxicas presentes nas águas.

A presença desse tipo de planta deve ser controlada. Se surgem em excesso, os aguapés impedem a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água causando a morte dos organismos aquáticos, entre eles, os peixes já tão pouco presentes no Poti.

Outra planta encontrada em grande quantidade no leito do rio principalmente este ano, até mais que os aguapés, é a Canarana, uma espécie de capim que se multiplica com facilidade e cresce em locais onde o leito do rio está baixo. Também originária da bacia amazônica a planta, ao contrário do aguapé, não prejudica o rio. A função que ela exerce é de fazer uma ciclagem na matéria orgânica existente na água sem prejudicar a oxigenação. Em alguns locais a Canarana serve de alimento para o gado.

A preocupação é o aparecimento anual dessas duas espécies no leito do Poti a ponto de criar a imagem de um tapete verde. No último dia 28, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí se reuniu com os órgãos públicos responsáveis pela preservação do meio ambiente para tratar sobre a situação do Poti.

O secretário Dalton Macambira (foto abaixo) explica que todo o problema é causado pela quase inexistência de saneamento básico na cidade e pelos esgotos que são lançados no rio. Teresina tem 850 mil habitantes e apenas 17% da cidade tem sistema de rede de coleta e tratamento de esgoto. A consequência é o lançamento das águas servidas diretamente no leito do rio.



Ainda segundo Macambira, até em bairros onde existe a rede do Sanear alguns moradores preferem fazer ligações clandestinas com as sarjetas de águas pluviais para não pagar e taxa cobrada pelo poder público.

“É preciso duas ações. Primeiro ampliar a rede de coleta de tratamento de esgotos de Teresina. Segundo, ou pela força do poder coercitivo do Estado ou pela consciência, é preciso que os cidadãos não joguem águas servidas nas galerias de águas pluviais. Então, ou pela força, multando quem faz essas ligações clandestinas e criminosas ou pela consciência dos cidadãos. Se a população não aderir o problema não será resolvido", disse

Dalton Macambira afirma ainda que a responsabilidade pela solução do problema deve ser compartilhada entre Município, Estado e União. "A prefeitura é responsável pela construção das galerias de águas pluviais e teria que agir pra impedir o lançamento de águas servidas nas galerias. O Estado poderia agir, mas para não criar um problema político preferimos esperar que a prefeitura tome uma atitude. Por lado o rio Poti é um rio federal e quem outorga o lançamento de efluentes em rio federal é a Agência Nacional de Águas, Portanto a responsabilidade é compartilhada entre o três entes", concluiu. 

ÁGUA - QUEM PENSA, CUIDA!

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