Comissão do atum é pressionada para acabar com a pesca do atum-azul do Atlântico
WWF BRASIL - 09/11/2009
Recife, Brasil – A rede ambientalista mundial WWF fez um apelo aos países reunidos nesta semana no Brasil para que entrem urgentemente em acordo para proibir, temporariamente, a pesca do atum-azul do Atlântico, que está ameaçado. Trata-se de uma medida essencial para evitar o iminente esvaziamento dos estoques desse recurso marinho.
A Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico – ICCAT realiza sua reunião anual em Recife e seus 48 membros estão sendo pressionados para que adotem medidas que assegurem a sobrevivência em longo prazo de uma espécie que há muito tempo é vítima da pesca ilegal e da sobrepesca, do desrespeito às regras e ao conhecimento científico, e é alvo de um número excessivo de barcos.
“A Rede WWF quer a sobrevivência futura do atum-azul do Atlântico em longo prazo – e isso se refere tanto a essa espécie admirável como à indústria pesqueira que ela possibilita há milhares de anos”, afirma o Dr. Sergi Tudela, coordenador de Pesca do WWF-Mediterrâneo. “Este é o papel da ICCAT: assegurar a exploração comercial sustentável do atum-azul. Durante o atual mandato, no entanto, a Comissão fracassou de forma espetacular e já não há outra opção senão parar com a pesca e deixar esse animal silvestre se recuperar. Esta é a única maneira de avançar, não existe nenhuma possibilidade de um Plano B.”
Até mesmo a análise da própria ICCAT demonstra que tal moratória seria a melhor chance de recuperação dos estoques do atum-azul no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo, gravemente afetados pela sobre-exploração (exploração excessiva). O comitê científico da organização analisou os estoques pesqueiros durante uma reunião especial ocorrida em outubro e demonstrou, por meio de dados, que o atum-azul do Atlântico preenche os critérios para constar da lista do Apêndice I do CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção. Esta é a proposta do Principado de Mônaco que deve ser votada no próximo mês de março e que, se aprovada, irá proibir todo o comércio internacional desse peixe.
Para a Rede WWF, a proibição do comércio é considerada uma medida necessária que deve acompanhar a moratória da pesca. A análise científica da ICCAT revela, ainda, que a suspensão da pesca é a única medida capaz de garantir que, até 2019, os estoques de atum-azul do Atlântico não mais se enquadrem nos critérios do Apêndice I da CITES.
“A queda nos estoques de atum-azul do Atlântico está mais acelerada ainda do que a que afeta a reputação da ICCAT,” acrescentou Sergi Tudela, da Rede WWF. “Para que a ICCAT consiga justificar sua existência para o mundo e demonstrar que é capaz de fazer o manejo responsável da pesca, ela não poderá fazer outra coisa senão se ater ao melhor conhecimento científico e dar uma folga ao atum. Qualquer outra coisa será um tapa na cara da ciência e daqueles que se preocupam com alimentos marinhos sustentáveis, bem como golpe na sobrevivência da ICCAT – se os peixes acabarem, não haverá mais peixes a serem manejados”.
Os últimos trabalhos científicos demonstram que a população reprodutora do atum-azul do Atlântico está reduzida a menos do que 15% dos níveis anteriores à pesca e pode estar inferior a 10%.
Na reunião de um ano atrás, os membros da ICCAT ignoraram o conselho de seus próprios cientistas e sequer adotaram a interrupção da pesca recomendada no programa da própria organização. A comissão do atum aturdiu o mundo com um plano de sobrepesca continuada, que ela rotulou de plano de recuperação, mas que a Rede WWF chamou de “plano de colapso”. A reação é que um número crescente de empresas varejistas, de restaurantes, chefes (de cozinha) e consumidores pararam de comprar, vender, servir e comer espécies ameaçadas.
Para mais informações, entre em contato com Gemma Parkes, tel +39 346 387 3237 e e-mail gparkes@wwfmedpo.org
Atenção editores:
Imagens fotográficas e filmes disponíveis mediante solicitação.
Consulte www.panda.org/tuna para mais informações sobre a campanha do atum da Rede WWF.
Sobre a Rede WWF:
A Rede WWF é uma das maiores e mais respeitadas organizações ambientalistas independentes do mundo. Ela tem o apoio de quase 5 milhões de pessoas e dispõe de uma rede mundial que atua em mais de 100 países. A missão da Rede WWF é parar com a degradação do meio ambiente natural do planeta e construir um futuro no qual os seres humanos vivam em harmonia com a natureza, por meio da conservação da biodiversidade mundial, da garantia de uso sustentável dos recursos naturais renováveis e da promoção da diminuição da poluição e do desperdício de consumo.
SAIBA MAIS
Funcionários do mercado Tsukiji, em Tóquio, inspecionam um lote de atum-azul: a espécie corre o risco de desaparecer
A próxima vítima
Pesca predatória reduz os estoques do atum-azul a 10% do que eram e os japoneses temem pelo fim de seu prato predileto - PLANETA SUSTENTÁVEL
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
Divulgando, Promovendo e Valorizando
quem defende as águas brasileiras!
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
WWF BRASIL - 09/11/2009
Recife, Brasil – A rede ambientalista mundial WWF fez um apelo aos países reunidos nesta semana no Brasil para que entrem urgentemente em acordo para proibir, temporariamente, a pesca do atum-azul do Atlântico, que está ameaçado. Trata-se de uma medida essencial para evitar o iminente esvaziamento dos estoques desse recurso marinho.
A Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico – ICCAT realiza sua reunião anual em Recife e seus 48 membros estão sendo pressionados para que adotem medidas que assegurem a sobrevivência em longo prazo de uma espécie que há muito tempo é vítima da pesca ilegal e da sobrepesca, do desrespeito às regras e ao conhecimento científico, e é alvo de um número excessivo de barcos.
“A Rede WWF quer a sobrevivência futura do atum-azul do Atlântico em longo prazo – e isso se refere tanto a essa espécie admirável como à indústria pesqueira que ela possibilita há milhares de anos”, afirma o Dr. Sergi Tudela, coordenador de Pesca do WWF-Mediterrâneo. “Este é o papel da ICCAT: assegurar a exploração comercial sustentável do atum-azul. Durante o atual mandato, no entanto, a Comissão fracassou de forma espetacular e já não há outra opção senão parar com a pesca e deixar esse animal silvestre se recuperar. Esta é a única maneira de avançar, não existe nenhuma possibilidade de um Plano B.”
Até mesmo a análise da própria ICCAT demonstra que tal moratória seria a melhor chance de recuperação dos estoques do atum-azul no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo, gravemente afetados pela sobre-exploração (exploração excessiva). O comitê científico da organização analisou os estoques pesqueiros durante uma reunião especial ocorrida em outubro e demonstrou, por meio de dados, que o atum-azul do Atlântico preenche os critérios para constar da lista do Apêndice I do CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção. Esta é a proposta do Principado de Mônaco que deve ser votada no próximo mês de março e que, se aprovada, irá proibir todo o comércio internacional desse peixe.
Para a Rede WWF, a proibição do comércio é considerada uma medida necessária que deve acompanhar a moratória da pesca. A análise científica da ICCAT revela, ainda, que a suspensão da pesca é a única medida capaz de garantir que, até 2019, os estoques de atum-azul do Atlântico não mais se enquadrem nos critérios do Apêndice I da CITES.
“A queda nos estoques de atum-azul do Atlântico está mais acelerada ainda do que a que afeta a reputação da ICCAT,” acrescentou Sergi Tudela, da Rede WWF. “Para que a ICCAT consiga justificar sua existência para o mundo e demonstrar que é capaz de fazer o manejo responsável da pesca, ela não poderá fazer outra coisa senão se ater ao melhor conhecimento científico e dar uma folga ao atum. Qualquer outra coisa será um tapa na cara da ciência e daqueles que se preocupam com alimentos marinhos sustentáveis, bem como golpe na sobrevivência da ICCAT – se os peixes acabarem, não haverá mais peixes a serem manejados”.
Os últimos trabalhos científicos demonstram que a população reprodutora do atum-azul do Atlântico está reduzida a menos do que 15% dos níveis anteriores à pesca e pode estar inferior a 10%.
Na reunião de um ano atrás, os membros da ICCAT ignoraram o conselho de seus próprios cientistas e sequer adotaram a interrupção da pesca recomendada no programa da própria organização. A comissão do atum aturdiu o mundo com um plano de sobrepesca continuada, que ela rotulou de plano de recuperação, mas que a Rede WWF chamou de “plano de colapso”. A reação é que um número crescente de empresas varejistas, de restaurantes, chefes (de cozinha) e consumidores pararam de comprar, vender, servir e comer espécies ameaçadas.
Para mais informações, entre em contato com Gemma Parkes, tel +39 346 387 3237 e e-mail gparkes@wwfmedpo.org
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SAIBA MAIS
Funcionários do mercado Tsukiji, em Tóquio, inspecionam um lote de atum-azul: a espécie corre o risco de desaparecer
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