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11 de agosto de 2009

ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO CHEGA À PARAÍBA EM 2010

A barragem do Açude Boqueirão de Cabaceiras, construída no local denominado Boqueirão, barra o rio Paraíba, pertencente ao sistema de mesmo nome. Situa-se a oeste de João Pessoa, a cerca de 45 km da cidade de Campina Grande.

Transposição beneficiará 123 cidades do Estado; produto será pago e pode custar R$ 30 milhões aos cofres públicos.

Meus Prezados,

Socializamos com os senhores, notícia do dia 06 de agosto, editada noCorreio da Paraíba, a qual trata dos destinos da água do São Francisco naquele estado. Na nossa opinião é um desvario sem precedentes.

A transposição está apenas no começo - com apenas cerca de 14% de seu cronograma em andamento - e seria muita pretensão se imaginar que as águas do Velho Chico cheguem naquele estado, em 2010. Lembro que para vencer um relevo de 304 metros no Eixo Leste (existência dos contrafortes da Borborema, próximos ao município de Arcoverde), seria necessária a implantação de um sistema de bombeamento extremamente sofisticado e potente, coisa que ainda sequer foi pensada.

Além do mais, a geologia da área por onde irão passar os canais, é cristalina (granito puro), sendo um dos elementos naturais que estão atrasando o cronograma de execução das obras. Na nossa modesta opinião, em 2010 o presidente Lula virá à região para a inauguração de um pequeno trecho do projeto, com a barulheira infernal e normal aos políticos em campanha, com direito a foguetório e tudo mais, onde haverá uma peque área com culturas irrigadas e, no entanto, esse trecho estará ligando “nada” à absolutamente “coisa alguma”.

Outra ilusão é imaginar que as águas do São Francisco serão priorizadas para o consumo humano. Uma vez realizado o projeto, elas irão abastecer o açude de Boqueirão para uso do parque industrial de Campina Grande, um dos maiores do Nordeste. A notícia nada mais é do que o início, na Paraíba, de gestões políticas, na deflagraçãodo processo sucessório do presidente Lula. Está no Rema. Confiram. Eng. João Suassuna

Correio da Paraíba – Caderno Cidades
Renata Escarião - 06/08/2009

Parte das águas do Rio São Francisco estarão disponíveis aos paraibanos ano que vem e devem beneficiar 123 municípios do Estado. A água será paga pelos Estados beneficiados e cada metro cúbico deve custar 13 centavos, o que, em anos de escassez, pode custar R$ 30 milhões aos cofres públicos paraibanos. Para o secretário de Infraestrutura da Paraíba, Francisco Sarmento, a cobrança exige um maior planejamento no uso dos recursos hídricos para que a menor quantidade de água da transposição precise ser usada.

As águas chegarão à Paraíba através de dois eixos do projeto, o Norte e o Leste. A água transportada terá como pontos de recepção no Estado pelo Eixo Leste as barragens de Boqueirão e Acauã, que vão abastecer o Brejo e o Cariri, e pelo eixo Norte a Barragem Engenheiro Ávidos, que vai abastecer o Sertão. A partir desses três pontos a água será distribuída para as cidades através das adutoras.

O secretário Sarmento explica que já existem algumas instalações para esse transporte, como a própria estrutura de abastecimento que há nas cidades, mas outras estruturas estão sendo construídas, como o Canal de Integração do Brejo Paraibano, de 112 quilômetros, que deve beneficiar 523 mil habitantes e irrigar 10 mil hectares.

Francisco Sarmento compara a transposição ao abastecimento de uma residência. “A água vinda da transposição é como a que sai da central de abastecimento da cidade. Os três pontos de recepção (açudes) citados funcionariam como caixas d´água da casa que levam a água para os demais cômodos”, explicou o secretário.

Uso restrito para ocasiões de escassez de abastecimento

O secretário Francisco Sarmento afirmou que essa água disponível pela estrutura da transposição só será usada quando for necessária, em situações em que o abastecimento do Estado estiver comprometido. “Nessa analogia com o abastecimento de uma casa, é como se só fôssemos abrir a torneira do registro quando as caixas d´água estiverem secando. A estrutura está lá, à disposição, mas só será usada para encher os três pontos de recepção, Boqueirão, Acauã e Engenheiro Ávidos, quando a água estiver escassa”, disse Sarmento.

No caso de necessidade de usar a água vinda do São Francisco, cada metro cúbico custará 13 centavos e a projeção que o secretário faz é que, em anos de seca, esse custo pode chegar a R$ 30 milhões. Mesmo que a água não seja usada, vai custar, de todo modo, R$ 5 milhões ao Estado, valor referente ao custo de manutenção da empresa nacional que será criada para gerir a distribuição das águas da transposição. “Por isso é importante que os estados receptores das águas do São Francisco se preparem o máximo possível em termos de gestão de seus açudes, para aproveitar da melhor maneira às águas locais no intuito de amenizar a necessidade de importação, gerando assim menores custos para esses receptores”, disse o secretário.

O Estado irá pagar pela água que chega pelos dois eixos aos três pontos de recepção, ficando a seu critério a forma que irá distribuir entre os municípios. Na Paraíba, a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) do Estado, além de responsável pela gestão das águas locais, também vai gerir o destino das águas do São Francisco, tendo que a partir desse momento se preparar para ampliar suas novas atribuições.

Projeto

Nesse contexto, o Governo do Estado encaminhou projeto de lei à Assembléia, recriando a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (Semarh), no intuito de fortalecer ainda mais o Sistema Estadual de Recursos Hídricos. “A Semarh protagonizará toda a preparação voltada à racionalidade do uso das águas locais e advindas do São Francisco, reduzindo ao máximo os custos de acionamento do projeto da transposição”, disse Sarmento. Dessa forma, a Aesa e a Semarh ficarão responsáveis pela gestão das águas do São Francisco que chegarem a Paraíba e pela fiscalização da distribuição para que não seja destinada para outros fins ou beneficie particulares.

Sarmento afirmou que no momento a Paraíba está com um nível satisfatório nos reservatórios, mas que não dá para prever como a situação estará no ano que vem. O Eixo Leste, que vai levar água a Boqueirão e Acauã fica pronto no ano que vem e a previsão para conclusão do Eixo Norte, que vai abastecer a barragem Engenheiro Ávidos, no Sertão, é 2014. Fonte: REMA ATLÂNTICO - Eng. João Suassuna

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