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13 de abril de 2010

EM GOIÂNIA (GO) CASAS SOBRE ANTIGOS LIXÕES PÕEM EM RISCO MILHARES DE PESSOAS

Goiânia (GO) - Foto: blogcarpediem.zip.net/

Mais de 5 mil pessoas vivem sobre áreas de antigos lixões na Grande Goiânia


GoiasNet

GOIÂNIA - Mais de 5 mil pessoas vivem hoje em bairros da Grande Goiânia onde anteriormente existiam lixões. A quantidade de gente é maior do que em muitos municípios goianos de pequeno porte. Os moradores do Parque Santa Cruz, na capital, e do Jardim Mariápolis, em Trindade, ambos frutos de invasões no fim da década de 1980, enfrentam problemas até hoje, mais de 30 anos depois do aterramento dos depósitos de lixo para construção das moradias. Além disso, existem outras áreas, onde parte de bairros foram construídas sobre lixões.

O problema mais comum registrado até hoje no Parque Santa Cruz e no Jardim Mariápolis, é a desestabilização dos terrenos, que leva à rachadura de edificações. Mas também há sérios riscos para a qualidade da água e do solo, já que o processo de decomposição do lixo orgânico pode durar até três décadas. Isso sem contar a possibilidade real de geração de material tóxico, como gás metano e ácido sulfídrico.

O engenheiro ambiental Antônio Pasqualeto, professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e do Instituto Federal Tecnológico de Goiás (IFG), explica que bairros edificados sobre depósitos de lixo têm passivo ambiental de pelo menos 30 anos.

- A decomposição do material é um processo muito lento - diz o professor, em entrevista ao jornal "O Popular".

Antônio Pasqualeto acrescenta que metade do lixo é formado por material orgânico que, decomposto, libera gases.

- Assim, há a formação de vazios no interior do solo e, com isso, há a acomodação de terra. Por isso, é tão comum a existência de trincas e rachaduras nas construções em terrenos onde existiam lixões - explica.

Antônio Pasqualeto lembra que a decomposição do material orgânico forma o chamado chorume, que contém material altamente tóxico, como o próprio mercúrio.

- É um problema sério para a qualidade do solo e da água. É um risco real de contaminação do lençol de água - diz.

Outro que mostra preocupação é o gerente de monitoramento ambiental da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) de Goiânia, Ramiro Menezes.

- Á água de um local desses não pode ser usada. É preciso um monitoramento constante da qualidade do líquido. Afinal, o chorume filtra no solo e se deposita na área. Há risco, inclusive, de contaminação de córregos da região - argumenta.

Um dos problemas sérios surgidos com a intensa urbanização das cidades foi justamente o tratamento e a destinação do lixo. Para se ter ideia, na capital goiana, apenas a partir da década de 1990, com a construção do aterro sanitário, é que houve a preocupação com as áreas específicas para receberem o lixo. Antes disso, o material era descartado a céu aberto, formando os lixões. A maioria dos municípios goianos até hoje sequer tem aterros.

Hoje, para a instalação de um aterro, é feito um estudo preliminar de geologia para analisar se aquela área pode receber o lixo.

- E há todo um cuidado com o material que é depositado, com camadas impermeabilizadas. O problema é que, no passado, não existia esse tipo de cuidado - afirma Pasqualeto.

O gerente de monitoramento da Amma, Ramiro Menezes, ressalta que para resolver o problema de um antigo lixão não é só cobrir de terra.

- É preciso retirar o material e fazer uma descontaminação do local. Não é possível construir sobre uma área dessas da forma como ocorreu nestes dois casos do Parque Santa Cruz e em Trindade. É um risco constante para o meio ambiente e para a saúde.

Fonte: Jornal O Globo.
/PORTAL DO MEIO AMBIENTE

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