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14 de janeiro de 2009

DOIS ESTADOS PARA DOIS POVOS

Aliança BECE-RECOs

Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras

"...O mundo está pressionando por uma solução baseada no direito internacional. O mundo, horrorizado, reclama por uma solução sensata. Dois Estados para dois povos: esta tem sido a vontade popular legítima, amplamente discutida entre israelenses e palestinos, e por isso tem de ser respeitada, a despeito do que pensem de iniciativas pela paz e de manifestações pacifistas em repúdio a mais este famigerado massacre..."


PAREM com o massacre contra o povo palestino!

Por Amyra El Khalili*

É importante esclarecer a opinião pública que esta é uma ofensiva declarada sem fronteiras, não somente contra a população da Faixa de Gaza, mas efetivamente contra o povo palestino e a sua causa. É uma ação deliberada e sincronizada contra o processo de paz. Ocorre, fundamentalmente, por omissão e ação, à revelia do direito internacional. Trata-se, definitivamente, de um “genocídio”.

Diferentemente do que prega a mídia corporativa do Ocidente, que usa como desculpas o Hamas (grupo de resistência legitimamente eleito pelo voto) por lançar torpedos-sucata, a verdadeira causa desta tragédia é a ocupação dos territórios palestinos que já dura há mais de 41 anos. Esta longa agonia traz, como consequência, além da extrema pobreza, da desesperança dos jovens, da humilhação de mulheres, crianças e idosos, da opressão dos homens, tantas mortes e angústias. E agora, com essa barbárie injustificável, expõe mundialmente a truculência do governo israelense.

Nada justifica esta chacina! Absolutamente nada!

Estamos recebendo centenas de cartas, e-mails e manifestações de solidariedade e engajamento na luta pela emancipação e reconhecimento do Estado palestino. As camadas mais humildes da sociedade identificam na causa palestina também seus sofrimentos e carências, seus direitos à terra, à água, à saúde, à escola e ao meio ambiente. Este é um sinal de que está viva a consciência humanitária. Existem seres humanos com sentimentos e profundo senso de responsabilidade que não se calarão. No mundo inteiro eclodem manifestações em prol do povo palestino.

O povo palestino é prioridade. Deve ser imediatamente socorrido para que seja possível permitir a ajuda humanitária que lhe é solidariamente ofertada. Também é necessário que se envidem todos os esforços para minimizar os impactos, praticamente irreversíveis, desta chacina. Portanto, exigimos que parem com o massacre contra o povo palestino!

A causa palestina transcendeu fronteiras, religiões, grupos étnicos, camadas sociais. Essa impressionante onda de solidariedade é transfronteiriça, transcontinental e transracial. Passou a ser a causa dos direitos humanos, pois todo mundo se coloca no lugar dos palestinos. No mundo há palavras de ordem em defesa de nosso povo, clamando: “Todos somos palestinos”!

Esta agressão sem medidas estava programada há meses. O governo de Israel aproveitou-se de um vácuo político nos EUA - a passagem do poder que coincidiu com o feriado e as festas de fim de ano -, e da proximidade das eleições. Sem dúvida alguma, a administração Bush, que compactua com este genocídio, estava maquinando estas operações, apenas à espera de uma "oportunidade”.

Também foi uma chance para que o complexo militar industrial de última geração tecnológica experimentasse seus novos armamentos. A indústria bélica precisava demonstrar sua "eficiência" para, posteriormente, promover e vender suas novas armas ao resto mundo incitado. É a indústria da guerra que usa o povo palestino como cobaia no maior campo de concentração a céu aberto do Planeta, em pleno século XXI.

Os EUA têm usado frequentemente seu poder de veto nos principais fóruns internacionais para impedir uma solução na questão palestino-israelense. Consequentemente, tem estimulado ainda mais a agressividade de Israel. Os Estados Unidos deveriam, precisamente por sua condição de superpotência, atuar pela paz mundial. Infelizmente, faz justamente o contrário!

Apesar dessa artimanha, o mundo está assistindo ao vivo, por diversos meios de comunicação alternativos, a este crime hediondo e o está denunciando.

Não há dúvidas de que se estão cometendo flagrantes violações aos direitos humanos, de que se estão assassinando crianças, mulheres, idosos e civis, em sua grande maioria. Não há dúvidas de que se estão utilizando armas químicas, proíbidas pelo direito internacional. Para desfazer dúvidas, se ainda as houvesse, os fatos são comprovados com centenas de fotografias e filmagens, além do testemunho de médicos e agentes humanitários. As vítimas se amontoam em hospitais, jogadas pelos cantos como se fossem carcaças de animais abatidos.

Este não é um, nem o primeiro massacre. É um entre dezenas de outros - como os de Deir Yassin, Sabra e Chatila, Kibya, Lod, Ramleh, Samouh, Kafr Kasem, Jenin. Pior, massacres tornaram-se prática constante dos sucessivos governos israelenses. Temos esperanças de que este seja o “último” para enterrar, vez por todas, essa vergonha.

Israel deve convencer-se de que, mesmo usando a força bruta das armas, o povo palestino jamais abandonará suas justas reivindicações. Jamais renunciará ao seu direito à autodeterminação, ao seu direito individual e coletivo à criação do Estado palestino independente, tendo Jerusalém como capital.

O único caminho é a implementação da “Questão Palestina” nos termos já reconhecidos pela comunidade internacional. Postergar estas medidas, porém, significará mais rancor, mais ódio, mais violência e centenas de vítimas, sucessivos massacres, reações e sentimentos que somente alimentam o extremismo.

O mundo está pressionando por uma solução baseada no direito internacional. O mundo, horrorizado, reclama por uma solução sensata. Dois Estados para dois povos: esta tem sido a vontade popular legítima, amplamente discutida entre israelenses e palestinos, e por isso tem de ser respeitada, a despeito do que pensem de iniciativas pela paz e de manifestações pacifistas em repúdio a mais este famigerado massacre.

Nosso povo está ensanguentado. Mesmo assim, estende a sua mão para a Paz justa e duradoura, com ressonância global. Não queremos mais vítimas. Não queremos mais massacres. Não queremos mais crianças assassinadas e aterrorizadas. Não queremos mais muros que segregam e discriminam. Não queremos mais outro holocausto num processo doentio e vicioso.

Este genocídio contra o povo palestino é horripilante. As imagens que nos chegam mostram o lado mais monstruoso do ser humano. É enorme a dor da população que nada tem a ver com essa ação, vítima do bloqueio que impede a chegada de alimentos, roupas, remédios, que é impedida de se desenvolver economicamente e de ter a sua independência. O povo palestino tem pago um preço altíssimo por toda essa insana crueldade.

Conclamamos a comunidade internacional para que investigue os crimes cometidos. Os responsáveis por este massacre e por todos os crimes denunciados por diversos grupos e organismos humanitários devem ser levados à corte penal internacional.

Os intelectuais Teresa Aranguren, Pedro Martínez Montávez, Rosa Regás, José Saramago, Pilar del Río, Cármen Ruiz Bravo, Belén Gopegui, Constantino Bértolo e Santiago Alba Rico denunciam:

“ Gaza, crime e vergonha! Em Gaza está se perpetrando um crime. E ninguém poderá dizer, como em outros tempos disseram na Europa, que não sabíamos.”

Referências:

Dantas, Buca. Video Documentário Beijos Palestinos
[com Matyeu Duvignaud] produção Micro Mundo no link: http://br.youtube.com/watch?v=E2ZutMOzRPA

El Khalili, Amyra. Dança, Indentidade e Guerra. Agência Carta Maior.

http://www.cartamaior.com.br/templates/analiseMostrar.cfm?coluna_id=4066

Para baixar o video acesse:

http://thepiratebay.org/torrent/4622766/BEIJOS_PALESTINOS

Amyra El Khalili* é beduína palestino-brasileira, da linhagem do Shayk Muhammad al-Khalili[1]. É Economista. Presidente da ONG CTA. Idealizadora e Fundadora do Projeto BECE (sigla em inglês) Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais e da Aliança RECOs Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras e do Movimento Mulheres pela P@Z!. Membro da Comissão de Assuntos Econômicos da Fearab-América (Federación de Entidades Americano Árabes). Professora de pós-graduação com a disciplina “Economia Socioambiental” em várias Universidades. Indicada para o “Prêmio 1000 Mulheres para o Nobel da Paz” e para o “Prêmio Bertha Lutz”. email: bece@bece.org.br

[1] Nascido no primeiro mês muçulmano de Shaban do Hijra do ano 1139, que corresponde ao ano A.D. 1724, era o líder da Irmandade Qadiri Sufi e talvez o “homem santo” mais famoso do seu tempo na Palestina.

A Profª Amyra é colaboradora e Consultora Voluntária do Instituto SOS Rios do Brasil.


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