9/4/2010
Saneamento básico deve ser prioridade
Publicado por http://jcrs.uol.com.br/site/
As tragédias em consequência das chuvas torrenciais no Rio e em Niterói, onde favelas são feitas, há décadas, no topo de morros sem alicerces, sem arruamento, sem qualquer controle ou fiscalização, nos remetem para a falta de planejamento que é uma constante no Brasil.
Os problemas vão surgindo, faz-se um falatório imenso, pouco se decide, os anos passam e as favelas proliferam. Lá, como aqui. A diferença é que não temos morros tão íngremes. Mas, quem olhar o antigo Morro da Polícia e o Morro Santana verá que a expansão para cima só aumenta. A Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) sabe? Há proibição? Alertam-se as pessoas para o risco que correm? É quase certo que não. Mas, ilustre proprietário de imóvel porto-alegrense, experimente fazer um puxado qualquer em sua residência que logo estará sendo notificado pelos chamados órgãos competentes. A lei, entre nós, funciona para quem a respeita. Quem está à margem lá fica e não é incomodado. A Vila Cachorro Sentado, em plena avenida Ipiranga, é a prova. Os moradores de rua são outra confirmação. E quando se reclama deles, os adjetivos são nazista, insensível e reacionário. Ora, pessoas, especialmente crianças, pedindo um dinheirinho na rua, provavelmente para comprar drogas, são exemplo do quê? Sucesso? Como vencer na vida sem fazer força ou modelo de autoajuda, hoje tão popular aqui e no mundo?
Em linha com essa situação, poucos candidatos a cargos eletivos no Brasil colocam em suas plataformas de governo a meta do saneamento básico. Evidentemente que enterrar canos não tem charme. Inaugurar como? É um problema quando não existe e, depois de realizado o saneamento, poucos se lembram de quem fez. O brilho está na superfície, onde ficam para a posteridade viadutos, pontes, edifícios e outras obras. Mas a cada R$ 1,00 gasto no saneamento são economizados R$ 5,00 adiante, na saúde pública. Por isso é de se festejar quando o acesso ao saneamento tirou cinco milhões de pessoas da favelização no Brasil, nos últimos 10 anos. Esses dados são da Agência das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).
O número de brasileiros nas favelas diminuiu 16%, de 31,5% para 26,4% da população, contra uma média na América Latina de 19,5%. O acesso ao saneamento básico foi responsável pela saída da metade dos 10,4 milhões de pessoas das condições de favelização no Brasil, entre 2000 e 2010.
Segundo a ONU-Habitat, cinco aspectos são avaliados para se determinar a qualidade de uma cidade e seus habitantes, ou seja, água potável, saneamento, qualidade dos materiais da moradia, densidade de habitantes por casa e segurança da posse. A ONG Trata Brasil aponta que 50,92% da população brasileira tinha acesso a esgoto em 2008, ante 40,08% dez anos antes. Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba estão entre as cidades mais desiguais do mundo. Aparecem logo atrás de Johanesburgo e outras sete da África do Sul com base na renda das famílias, o que está diretamente relacionado com a violência urbana, segundo a ONU. É possível que a cidade mais desigual gere, mais facilmente, certos distúrbios sociais. As favelas pelo mundo receberam mais 55 milhões de novos habitantes desde 2000. Então, que os candidatos a governador e presidente da República lembrem-se disso e de que a boa doutrina para obras será aquela que os fará pessoas melhores e mais justas. O saneamento está incluso. Caso contrário, estaremos confirmando que a ambição pode muito em certos políticos, em outros é vaidade. Mas, para todos, o que vale é o interesse.
Fonte: Site Tratamento de Água
Em linha com essa situação, poucos candidatos a cargos eletivos no Brasil colocam em suas plataformas de governo a meta do saneamento básico. Evidentemente que enterrar canos não tem charme. Inaugurar como? É um problema quando não existe e, depois de realizado o saneamento, poucos se lembram de quem fez. O brilho está na superfície, onde ficam para a posteridade viadutos, pontes, edifícios e outras obras. Mas a cada R$ 1,00 gasto no saneamento são economizados R$ 5,00 adiante, na saúde pública. Por isso é de se festejar quando o acesso ao saneamento tirou cinco milhões de pessoas da favelização no Brasil, nos últimos 10 anos. Esses dados são da Agência das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).
O número de brasileiros nas favelas diminuiu 16%, de 31,5% para 26,4% da população, contra uma média na América Latina de 19,5%. O acesso ao saneamento básico foi responsável pela saída da metade dos 10,4 milhões de pessoas das condições de favelização no Brasil, entre 2000 e 2010.
Segundo a ONU-Habitat, cinco aspectos são avaliados para se determinar a qualidade de uma cidade e seus habitantes, ou seja, água potável, saneamento, qualidade dos materiais da moradia, densidade de habitantes por casa e segurança da posse. A ONG Trata Brasil aponta que 50,92% da população brasileira tinha acesso a esgoto em 2008, ante 40,08% dez anos antes. Goiânia, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba estão entre as cidades mais desiguais do mundo. Aparecem logo atrás de Johanesburgo e outras sete da África do Sul com base na renda das famílias, o que está diretamente relacionado com a violência urbana, segundo a ONU. É possível que a cidade mais desigual gere, mais facilmente, certos distúrbios sociais. As favelas pelo mundo receberam mais 55 milhões de novos habitantes desde 2000. Então, que os candidatos a governador e presidente da República lembrem-se disso e de que a boa doutrina para obras será aquela que os fará pessoas melhores e mais justas. O saneamento está incluso. Caso contrário, estaremos confirmando que a ambição pode muito em certos políticos, em outros é vaidade. Mas, para todos, o que vale é o interesse.
Fonte: Site Tratamento de Água
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