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8 de setembro de 2010

UM MARACANÃ DE ESGOTOS POR DIA É LANÇADO NA BAÍA DE GUANABARA (RJ)

A poluição levada diariamente para a Baía de Guanabara: 240 milhões/litros/dia de esgotos sem tratamento, 6,5 t de óleo, 100 t de carga orgânica e 300 Kg de metais pesados, segundo o pesquisador Prof. Dr. Jorge Rios


pessoal do SOS Rios do Brasil,

PARA ESTA SERIE DE REPORTAGENS EU FORNECI OS DADOS PARA O JORNAL O DIA [ JORNALISTA Maria Luísa Barros ] que retirou os dados do meu SITE www.profrios.kit.net O jornal O DIA AS PUBLICOU EM 4 EDICÕES SEGUIDAS, DE 05/09/2010 A 8/09/2010


saudacoes fluviais;
prof. jorge rios - www.profrios.kit.net


----- Original Message -----
Sent: Wednesday, September 08, 2010 10:52 AM
Subject: [meioambiente_cefet] Área entre Itaguaí e Guapimirim na Baía ainda resiste à ação humana

Área entre Itaguaí e Guapimirim na Baía ainda resiste à ação humana POR DIEGO BARRETO Rio - ‘Ajustem os coletes salva-vidas e subam a bordo!’. Esta é a senha para uma viagem até um paraíso ecológico que, por mais incrível que pareça, está no meio da agonizante Baía de Guanabara. Distante 50 quilômetros do Rio, entre os municípios de Itaboraí e Guapimirim, este oásis de vida ainda conserva ecossistema semelhante ao encontrado pelos primeiros europeus a navegar na Baía, em 1502. No local, com uma paisagem que poderia ser facilmente confundida com o Pantanal ou a Amazônia, percorrem-se rios onde o verde exuberante de manguezais intactos se debruçam sobre as águas. Revoadas de aves aquáticas riscam o azul do céu, enquanto centenas de pequenos caranguejos povoam as margens.

Fiscais monitoram os cursos d’água da estação: pesca e extração vegetal na área protegida são restritas | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia Criada em 2006, a Estação Ecológica da Guanabara compreende dois mil hectares — equivalentes a dois mil campos de futebol — onde nunca houve ocupação humana permanente. No espaço, que integra a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim, ainda estão preservados manguezais primários, ou seja, que não sofreram quase nenhuma alteração pelas mãos do homem nos últimos 500 anos. Chefe da unidade, o biólogo Maurício Muniz explica a importância do refúgio para a fauna e a flora da Baía. “A Estação, em conjunto com a APA de Guapimirim, concentra 80% dos manguezais que restaram na Baía, totalizando nove mil hectares de vegetação contínua. Representa um grande berçário de espécies, onde peixes e aves se reproduzem”.

Além do impacto no ciclo reprodutivo das espécies, a área também influencia a vida dos vizinhos. “O manguezal é um filtro biológico dos rios que passam pela APA e deságuam na Baía, melhorando a qualidade da água. Por ser um enclave de floresta numa área de baixada, ameniza o clima no entorno. Também funciona como espécie de esponja que absorve a água, protegendo regiões mais baixas de enchentes”.

Natureza recuperou 10% de área

Nos limites da Estação Ecológica, a presença humana deve se limitar a atividades de pesquisa e preservação do meio ambiente. Pesca e extração vegetal são restritas. Na APA, que abrange áreas costeiras da Baía nos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Guapimirim e Magé, essas atividades são controladas. “A natureza já dá sinais de recuperação. Estudo que comparou fotos de satélite tiradas em 2000 e 2009 revelou que, no período, 800 hectares onde não existia mais manguezal se regeneraram. Isso representa aproximadamente 10% da área de mangue da APA”.

Pescador no Rio Guaraí, nos limites da APA de Guapimirim: águas são limpas e povoadas por robalos | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia Maurício ressalta que as duas unidades ambientais abrigam importantes espécies ameaçadas de extinção. “Temos mais de 170 espécies de aves, algumas raras, como a marreca-caneleira e a biguatinga. Nas matas temos mamíferos como capivaras e lontras. Também ocorre o jacaré-de-papo-amarelo, considerado ameaçado. Nos rios temos o camarão-pitu e o robalo, que são indicadores da boa qualidade das águas. Enfim, a área que compreende a APA de Guapimirim e a Estação Ecológica da Guanabara evitou o abraço mortal da Baía de Guanabara, densamente povoada no restante de seu entorno”.

No passado

O cenário hoje encontrado somente dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim e da Estação Ecológica da Guanabara recobria toda a orla da Baía. Hoje especialistas estimam que pouco mais de 30% do total de manguezais originais estejam no entorno desse ecossistema.

Além dos 9 mil hectares contínuos da APA, são encontradas áreas de mangue em Duque de Caxias — nas proximidades da Reduc — e na Ilha do Governador. “Na época do descobrimento, o entorno da Baía era quase totalmente recoberto de manguezais. Mas o povoamento acelerado das metrópoles em sua volta reduziu isso drasticamente”, explica Maurício Muniz.

O biólogo lembra que por pouco a área onde está a APA de Guapimirim, que corresponde a 80% do manguezal que a Baía tem hoje, não se transformou em um empreendimento imobiliário. “Na década de 70 existia um projeto para a criação de bairros nesta região. Ambientalistas reagiram e conseguiram que em 1984 fosse criada a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim”.

Mutirão para preservar manguezal

A criação da Estação Ecológica da Guanabara, há quatro anos, limitou as atividades sobretudo de catadores de caranguejo. Entretanto, sair do manguezal não representou o fim das atividades na região. Unidos na Cooperativa Manguezal Fluminense, ex-catadores e seus familiares hoje trabalham em projetos que ajudam a recuperar a natureza. Uma das atividades prevê o cultivo e o replantio de mudas para a recuperação de 40 hectares de manguezal. “Esse projeto surgiu depois de um acidente em que houve um derramamento de óleo que atingiu o manguezal. Um dos pontos no Termo de Ajuste de Conduta previa a recuperação da área. Aqui são cultivadas mudas dos três tipos de mangue: vermelho, branco e preto. Posteriormente será feito o replantio”, explica o engenheiro agrônomo Davidson Salles, do Instituto Nacional de Tecnologia e Uso Sustentável, ONG que oferece suporte técnico para a cooperativa tocar o projeto.

Filha de ex-catador de caranguejos, Niediné Andrade, 33, trabalha cuidando das mudas nas estufas montadas na sede da APA de Guapimirim. “Meu pai trabalhou a vida inteira no manguezal, mas eu não sabia sequer o que era uma muda de mangue. Trabalhar na cooperativa me deixa gratificada, porque agora sei a importância de restaurar e preservar a natureza”. Colaborou Maria Luísa Barros - TV O DIA

Veja o vídeo: "como era a baía há 500 anos"


Enviado pelo nosso Consultor Voluntário de Hidrologia

Prof. Dr. JORGE PAES RIOS (CEFET RJ) - www.profrios.kit.net



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