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11 de agosto de 2009

POUCAS CIDADES CUMPREM AS NORMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA

Cidades não monitoram qualidade da água

Por Dayanne Souza, do Pnud - 10/08/2009

Responsáveis pelo abastecimento em metade dos 1.296 municípios pesquisados alegam falta de recursos para fazer testes recomendados.

Controlar a qualidade da água que chega às casas é obrigação legal das empresas de abastecimento, mas muitas assumem que não conseguem cumprir normas federais. Uma pesquisa feita em 1.907 municípios apontou uma série de dificuldades para cumprir a lei. Das 1.296 cidades que responderam a uma pergunta do questionário sobre o cumprimento das normas, em mais da metade (657) as empresas responsáveis pelo serviço de água afirmam que têm grande dificuldade para realizar as análises determinadas pelo Ministério da Saúde.

O estudo foi realizado pelo PMSS (Programa de Modernização do Setor Saneamento), que tem apoio do PNUD e é executado pelo Ministério das Cidades. Desde março do ano passado, o programa aplicou questionários às secretarias municipais de saúde e às concessionárias. Não houve uma fiscalização para saber quantas empresas controlam a qualidade da água como pede a norma, mas elas mesmas assumiram que é difícil atender as exigências.

As companhias argumentam que faltam equipamentos de laboratório e recursos financeiros. Em 40% dos casos, não há laboratórios dentro da cidade, o que obriga a enviar amostras a municípios vizinhos. Além disso, grande parte aponta como um empecilho grave o número reduzido de funcionários (39%) e a falta de pessoal qualificado (26%).

“Não é possível justificar essa falha com o custo”, afirma Jucélia Mendonça, engenheira do Ministério das Cidades e uma das autoras do estudo. “Precisa conscientização do gestor, falta priorizar a área”, critica. Ela diz que já é um consenso que há carências no controle da qualidade da água distribuída no Brasil. O monitoramento, destaca, evita a disseminação de doenças por meio da água, já que diarreias e problemas intestinais costumam derivar do consumo de água contaminada por microorganismos.

A portaria 518 do Ministério da Saúde, aprovada em 2004, exige análises da cor da água, turbidez (análise de quanto a água está turva) e de presença de coliformes (bactérias). São testes simples e que não exigem muitos recursos, diz Jucélia. Não ter um laboratório no município pode prejudicar a integridade da análise ou mesmo o cumprimento dos prazos, diz ela, que ressalta que apenas com o estudo feito não é possível dizer se isso ocorre. Apesar de considerado simples, o teste da presença de coliformes foi feito fora da cidade em 63% dos casos, e o de turbidez, em 44%.

Cabe às secretarias municipais de saúde cobrar o cumprimento dessas normas pelas empresas de abastecimento, refazendo análises e exigindo relatórios. Porém, o estudo do PMSS com 803 dessas secretarias indica que menos de um quinto das cidades com até 20 mil habitantes têm profissionais que trabalham exclusivamente na área. Nos municípios com mais de 500 mil habitantes (na amostra pesquisada, eram 26), metade conta com profissionais especializados.

Ao todo, 51% das secretarias municipais de saúde dizem que os investimentos de sua cidade em vigilância da qualidade da água são insuficientes.(Envolverde/PNUD Brasil)


São Paulo amplia análise da água

Envolverde - 10/08/2009

Instituto de Pesca inaugura estrutura para atender agronegócio e indústrias

O Instituto de Pesca (IP), ligado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, inaugura hoje um novo Laboratório de Análise de Qualidade de Água para atender as demandas do agronegócio - sobretudo pesca e aquicultura, grandes dependentes da qualidade dos recursos hídricos - e do setor industrial.

Com um aporte de aproximadamente R$ 500 mil já investidos, e cerca de R$ 300 mil a serem alocados em modernização de equipamentos, o novo laboratório continuará a focar em pesquisas - a principal atividade do Instituto - mas aumentará também sua capacidade de prestação de serviços ao setor privado. "Isso irá gerar uma receita extra", diz Edison Kubo, diretor do IP. "A ideia é nos tornarmos autossuficentes no futuro breve".

Um dos principais clientes será o setor de aquicultura: a criação em tanques de peixes, camarões e rãs. "Hoje, o Instituto de Pesca realiza serviços pontuais ao setor privado. Mas a preocupação em minimizar o impacto ao ambiente cresceu", diz Kubo. Segundo ele, até pouco tempo atrás a atenção dos profissionais limitava-se à qualidade da água captada, o que garantia o sucesso do empreendimento.

Agora, resoluções ambientais mais rígidas tornaram importante avaliar também o estado da água que sai dos viveiros e retorna ao sistema. "O novo laboratório vai servir tanto para o produtor controlar o seu nível de poluição, de lançamento de efluentes, quanto para os órgãos ambientais ditarem regras sobre esse tipo de monitoramento.

Teremos agora condições de fazer análises físicas, químicas e de parâmetros biológicos, em comum acordo com a resolução do Conama número 357/2005, que dita limites para esse tipo de controle", acrescenta o pesquisador Julio Lombardi. Além da aquicultura, setores da agricultura e da indústria poderão contar com os serviços do IP - entre eles as plantas de beneficiamento vegetal e animal, de celulose e o setor têxtil - e as próprias agências dos governos estaduais e federal, como a Agência Nacional de Água (ANA).

As análises poderão ser feitas de duas maneiras: in loco, com pesquisadores do IP se deslocando até a empresa, ou vice-versa.O novo laboratório terá área de 400 metros quadrados e ficará dentro do Parque da Água Branca, na zona Oeste de São Paulo. Segundo o Instituto de Pesca, as instalações deverão começar a operar efetivamente em 40 dias. (Envolverde/Governo do Estado de São Paulo)

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