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1 de dezembro de 2009

MOVIMENTO EM DEFESA DO RIO PARAÍBA DO SUL SE REÚNE EM S. JOSÉ DOS CAMPOS (SP)

SOS PARAÍBA - Liderenças políticas e religiosas e representantes de movimentos sócio-ambientais da região do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Serra da Mantiqueira e da região fluminense se uniram na noite de ontem na Câmara de São José para discutir os impactos de uma possível transposição na Bacia do Paraíba. A maior parte dos presentes se mostrou contrária a qualquer intervenção nas águas do rio, que recebe 1 bilhão de litros de esgoto por dia, no trecho do Vale do Paraíba. Eles defendem a recuperação do rio através de uma ação política (foto: Jornal Valeparaibano)

Lideranças se unem em defesa do rio Paraíba

Lideranças políticas e religiosas e representantes de movimentos sócio-ambientais da região do Vale do Paraíba, Litoral Norte, Serra da Mantiqueira e da região fluminense se uniram na noite de ontem no plenário da Câmara de São José para discutir os impactos de uma possível transposição na Bacia do Paraíba. Cerca de 500 pessoas participaram do evento.
Presente no encontro, o prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB) afirmou que embora não tenha tido acesso ao estudo, a possibilidade de transpor as águas do Paraíba é equivocada. "Penalizar quem faz o dever de casa é uma atitude equivocada e não resolve o problema da macrometrópole.
Em São José estamos fazendo nosso dever de casa e até 2012 estaremos tratando todo o nosso esgoto." Segundo Cury, a retirada de águas do Paraíba podem prejudicar o crescimento da região. Para o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro (PT), falta presença esclarecedora do Estado sobre a transposição. "Não percebemos iniciativas do Estado em recuperar a bacia do Tietê.
Hoje temos água sobrando, mas nas épocas de estiagem nossa capacidade diminui. Em Jacareí, obras de saneamento em realização vão tratar 70% do esgoto da cidade até 2011." A aliança em prol do Paraíba reuniu ainda os deputados Emanuel Fernandes (PSDB) e Marcelo Ortiz (PV) e os deputados estaduais Carlinhos Almeida (PT), Padre Afonso Lobato (PV) e a deputada Inês Pandelo (PT/RJ). "O problema é iminente e São Paulo tem que arrumar uma alternativa para abastecer a macrometrópole.
É preciso tomar uma decisão agora e uma das possibilidades é a de sangrar as águas do Paraíba. Existe água disponível, mas o comprometimento com o Rio de Janeiro impossibilita", disse o deputado Emanuel. Para Carlinhos, o fórum mostrou que há um grande consenso contra uma possível transposição das águas do Paraíba. "O Estado não fez sua lição de casa ao cuidar de seus mananciais, então deve reaproveitar da melhor forma os recursos hídricos que dispõe por meio de leis e medidas administrativas." Fonte: Jornal O Valeparaibano - SJCampos

Saiba Mais
Cúria reunirá lideranças para tratar da Transposição do Rio Paraíba
(hoje, 01/12 - 9h em Volta Redonda)

VOLTA REDONDA

A Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda promove hoje, a partir das 9 horas, na Cúria Diocesana, situada na Rua 25 B, na Vila Santa Cecília, um encontro de lideranças empresariais, políticas, sindicais e comunitárias, para refletir, discutir e apresentar soluções perante a proposta do Governo do Estado de São Paulo de transpor as águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para a região metropolitana de São Paulo.
O assunto já vem sendo discutido pela Comissão Ambiental da Cúria, composta por peritos em meio ambiente, com a comunidade e instituições, e o objetivo agora é trazer a participação de prefeitos, deputados e lideranças.
Dia 20 de outubro, a comissão encaminhou uma Ação Civil ao Ministério Público Federal contra a transposição das águas do Rio Paraíba do Sul para o Estado de São Paulo. Na ação foi informado ao MPF que já é feita a transposição na barragem de Piraí, para o Rio Guandu de 160 metros cúbicos por segundo, cerca de 2/3 de sua vazão para abastecer 8,7 milhões de pessoas da Baixada Fluminense, e que o rio não suportaria outra transposição.
Os estudos feito pelo governo de São Paulo verificam a possibilidade de transferir as águas do rio a partir da região de Jacareí para a capital, cuja disponibilidade de água está comprometida. Tal ato irá causar prejuízos irreparáveis aos estados do Rio e Minas e parte do próprio Estado de São Paulo, que são abastecidos pelo Rio Paraíba.

O rio, com 1,150 quilômetros de extensão, recebe um milhão de litros de esgoto doméstico diariamente, através dos rios e córregos de sua bacia hidrográfica; 90% dos municípios não possuem tratamento de esgoto. São somadas também a poluição lançada por 8,5 mil indústrias ao longo do rio - são produtos tóxicos e metais pesados como arsênio, selênio, cádmio, chumbo, cobre, zinco e alumínio. Outros fatores também contribuem para a qualidade das águas, como a disposição do lixão, desmatamento, que causa o assoreamento do rio, entre outros.

“Além de abastecer os 14,3 milhões de pessoas das cidades do curso do rio, o Paraíba ainda serve de caixa d’água da baixada. Agora São Paulo está querendo furar a caixa d’água do vizinho”, frisou o ex-vereador e presidente do Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda e membro da Comissão Ambiental da Cúria, João Thomaz.

Ontem, cerca de 15 pessoas da comissão, incluindo o bispo dom João Maria Messi, participaram de um encontro na cidade de São José dos Campos, em São Paulo, sobre o assunto. A deputada Inês Pandeló (PT) também participou da reunião.

Jornal A Voz da Cidade - Volta Redonda


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