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2 de dezembro de 2008

Pesquisa vai avaliar qualidade da água do Aquífero Guarani


Investimento será de R$ 1,3 milhão em cinco projetos no Rio Grande do Sul sobre o manancial subterrâneo que se estende por oito estados brasileiros e países vizinhos.

Por Redação da EcoAgência*


A Secretaria de Ciência e Tecnologia e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) assinam, terça-feira (02/12), o termo de outorga do programa Rede Aqüífero Guarani e Serra Geral, que terá um investimento de R$ 1,3 milhão para pesquisas no Estado, com recursos da própria Fapergs e CNPq (R$ 650 mil cada).
O investimento será dividido em cinco projetos: caracterização e levantamento de dados; avaliação da qualidade da água; estudos de políticas públicas; análise dos aspectos jurídicos; extensão tecnológica e capacitação. Eles serão desenvolvidos nas regiões do Alto Uruguai, Planalto e Escarpa da Serra Geral e Litoral Norte do Rio Grande do Sul.
Proteção e uso sustentável
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, Artur Lorentz, o termo visa a apresentação de propostas que venham gerar conhecimentos técnicos e científicos para a proteção e uso sustentável das águas do Sistema Integrado Aqüífero Guarani - Serra Geral, no sul do Brasil. Também devem propor um marco legal com vistas à gestão transfronteiriça do Sistema, que se estende aos países vizinhos, Argentina, Uruguai e Paraguai.
"Por ser um processo muito amplo e complexo, que envolve aspectos ambientais e hidroquímicos, será fundamental a integração de diversas áreas do conhecimento para o sucesso do projeto", afirma.


Localizado na região centro-leste da América do Sul, o Aqüífero Guarani é tido como a maior reserva de água subterrânea do mundo. Ocupa uma área aproximada de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo que dois terços da área total estão em território brasileiro, nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Parte do aqüífero foi coberto por rochas vulcânicas, como acontece em grande parte do Rio Grande do Sul, formando o chamado Aqüífero Fraturado Serra Geral. A integração e inter-relação dos dois aqüíferos gerou a denominação Sistema Integrado Aqüífero Guarani/Serra Geral.
Conforme o edital de seleção dos interessados em participar da implantação do programa Rede de Pesquisas Aqüífero Guarani e Serra Geral no Estado, a água armazenada nos dois aqüíferos apresenta, em geral, boa qualidade para o abastecimento público, irrigação e indústria.
No entanto, aponta que “registram-se ocorrências de águas salobras, assim como alterações da qualidade destas águas devido ao uso intensivo de agroquímicos, ausência de tratamento de efluentes urbanos e industriais."


“Por serem aqüíferos de extensão continental (o Guarani e o Serra Geral)”, acrescenta o documento, “com características de confinamento, de semi-confinamento ou livre, suas dinâmicas ainda são pouco conhecidas, necessitando estudos básicos para seu entendimento de forma a possibilitar uma utilização mais racional e o estabelecimento de políticas estratégicas de preservação mais eficientes e eficazes”. Riscos de contaminação
O Edital também destaca como fundamental avaliar nestes estudos os riscos de contaminação da água subterrânea, consdierando-se as diferentes atividades econômicas ao longo de suas áreas aflorantes ou de recarga.
Entre os objetivos da pesquisa destacam-se a caracterização hidrogeológica e a determinação das principais áreas de vulnerabilidade à contaminação do Sistema Integrado Aqüífero Guarani/Serra Geral; a caracterização da compartimentação tectônica dos aqüíferos; a obtenção de dados sobre o uso e ocupação da terra; a geração de dados regulares sobre a qualidade das águas superficiais e subterrâneas e as suas relações com as ações antrópicas.
Santa Catarina


A Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc) apresentou no início do mês passado o resultado da segunda etapa do projeto Rede Guarani-Serra Geral naquele Estado ao secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Vicente Andreu.
A pesquisa contém a análise da qualidade da água e identificação dos terrenos contaminados. O estudo traz propostas de educação ambiental, intervenção na agricultura e sugestões a serem adotadas pelos agricultores para evitar a contaminação do solo.Desde de 2005, lembrou o pesquisador da Fapesc Valdeci Israel, estudiosos buscam, por intermédio do projeto, soluções para reduzir o comprometimento das águas subterrâneas na região. Cerca de R$ 6 milhões foram investidos na aquisição de equipamentos e modernização das universidades que desenvolvem a pesquisa. Segundo Valdeci Israel, dentro de seis meses o projeto pretende estender as pesquisas a outras áreas de Santa Catarina, como a região oeste, a mais contaminada do estado. “Nosso objetivo é gerar conhecimentos técnicos e científicos para a proteção e uso sustentável das águas subterrâneas no estado."A rede aqüífera Guarani-Serra Geral vem sendo constantemente ameaçada em Santa Catarina pela poluição dos recursos hídricos e pela infiltração de dejetos de suínos, aves e produtos químicos usados na agricultura.
*Com Agência Brasil e Sec. de Ciência e Tecnologia/Assessoria de Imprensa.Fonte: Agência Brasil / Sec. de C&T / EcoAgência


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