Parceria com a Sabesp deve tratar 20% do esgoto de Guarulhos O contrato, cujo valor estimado é de R$ 58 milhões, será assinado entre a Sabesp e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), concessionária municipal que pagará R$ 738,33 por mil metros cúbicos de esgoto tratado.
PanoramaBrasil - 02/12/08 - DCI NotíciasSÃO PAULO - O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), vai assinar contrato para interceptação e tratamento de até 500 litros por segundo (l/s) do esgoto de Guarulhos, o que representa 20% do esgoto gerado na cidade, a segunda mais populosa do estado, com 1,3 milhões de habitantes, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O contrato, cujo valor estimado é de R$ 58 milhões, será assinado entre a Sabesp e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), concessionária municipal que pagará R$ 738,33 por mil metros cúbicos de esgoto tratado. O acordo beneficiará diretamente o Projeto Tietê, cujo objeto é a ampliação da coleta e do tratamento do esgoto doméstico e industrial gerado na região metropolitana de São Paulo.
Haverá contraprestações dos dois lados. Caberá ao Saae executar as obras de ampliação do sistema de coleta, redes e ligações dos imóveis, enquanto a Sabesp realizará o tratamento desse esgoto na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) São Miguel.
A prestação de serviço deverá ter início a partir da interligação dos coletores do Município de Guarulhos ao interceptor da Sabesp, obra a cargo do Saae. A Sabesp pode coletar e tratar parte dos esgotos de Guarulhos na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) São Miguel. Atualmente o município é um dos maiores poluidores do rio Tietê.
A expectativa da diretoria da Sabesp é que depois da definição de um novo cronograma de ações, elaborado desde abril do ano passado, com a participação ativa de técnicos da Sabesp e do Saae de Guarulhos, o contrato de prestação de serviços seja assinado e o passivo de danos ao Tietê acelere o seu processo de recuperação.
Crime ambiental
Uma nova ferramenta deve otimizar o trabalho de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente de Guarulhos: a fiscalização via satélite. A iniciativa possibilita a análise comparativa da evolução da área degradada nas matas, utilizando uma base de dados da prefeitura.
Trata-se de uma estratégia de apoio que deve contribuir para a implantação de políticas públicas de preservação ambiental na cidade. A secretaria já criou um projeto de gestão sustentável chamado Ilhas Verdes, que consiste na implantação de minibosques e telhados cobertos por vegetação. A proposta é negociar com as empresas a compensação dos impactos ambientais que elas causaram à natureza.
A fiscalização vista de cima, de outro ângulo, também elimina a devastação silenciosa que extingue centenas de árvores nativas atrás dos muros, sem que os fiscais que fazem a sondagem externa o percebam.
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