PROFESSOR DE METEOROLOGIA DA UNIV. FEDERAL DE ALAGOAS FALA DA VERDADEIRA CAUSA DA TRAGÉDIA

ALAGOAS ALAGADA !!!

Acima charge do jornalista Enio Lins e um texto que confirma o que eu imaginava, pois apesar dos políticos negarem tem que haver uma explicação para essa tragédia. São muitas barragens criminosas que existem para beneficiar fazendas dos ricos e poderosos do nordeste. Infelizmente paga a população.

Há agora que se investigar e punir os culpados que desviam os cursos naturais dos rios e constroem barragens irregulares.

Um beijo no coração de todos e bom final de semana! apesar de tudo...

Profª MARINA FERRI - (Bióloga) - Taubaté (SP)

Professor da Ufal diz que barragens em Pernambuco teriam provocado catástrofe; governos negam

qui, 24/06/10

por Celio Gomes |

categoria Cidades

Foto: José Feitosa

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14h02 (Da Veja.com) - Choveu muito em Pernambuco e Alagoas na sexta-feira, dia 18, mas a verdadeira causa da tragédia que arrasou a zona da mata alagoana, matou 44 pessoas e tirou mais de 40.000 pessoas de suas casas pode ter sido uma espécie de “tsunami” causado pelo rompimento de barragens privadas situadas na bacia dos rios Canhoto (PE) e Mundaú (PE e AL). “É a única explicação possível”, afirma Ricardo Sarmento Tenório, professor de meteorologia da Universidade Federal de Alagoas e coordenador do Sistema de Radar de Alagoas (Sirmal).

Foto: Ivan Nunes

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A hipótese de Tenório é que algumas das várias barragens particulares espalhadas pela bacia do rio Mundaú, que ocupa uma área de 4.102 Km², ficaram saturadas e se romperam. “Não foi uma tromba d’água em determinada região. A característica foi de uma onda grande que veio em alta velocidade”, afirma.

Como o rio Mundaú não é caudaloso e as chuvas não ficaram muito acima do esperado para a época, o meteorologista não vê outra explicação para a tragédia. “Só não aconteceu antes porque não choveu tanto nas cabeceiras nos últimos anos.”

Foto: Ivan Nunes

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Segundo Tenório, as chuvas que se concentraram nas cabeceiras dos rios Mundaú, Paraíba (AL), Camaragibe (AL), Una (PE) e Sirinhaém (PE) foram fortes, mas não o suficiente para que os rios transbordassem com a violência observada em cidades como Branquinha. Esta cidade está longe da área em que mais choveu e mesmo assim foi completamente destruída. “Houve muita chuva na cabeceira desses rios, mas em Garanhuns, onde choveu 121,8 mm em 24 horas, não aconteceu grandes estragos”, diz Tenório. “Essa quantidade não seria capaz de provocar uma vazão tão grande.”

Secretários negam

Para Alex Gama, secretário de Recursos Hídricos do Estado de Alagoas, não dá para atribuir os estragos às barragens. “Existem algumas barragens que seguraram 15 milhões de metros cúbicos. Se fizermos as contas, isso não significa nada comparado à quantidade de água que desceu. Foi muita chuva e muita gente morando na beira do rio, por isso o estrago.”

Almir Cirilo, secretário-executivo de Recursos Hídricos de Pernambuco, também descarta as barragens como causa. “A única barragem que temos registro de rompimento tem capacidade de 600.000 metros cúbicos. Eu fiz uma estimativa que se não tivéssemos outras barragens operando, a água chegaria em Alagoas com volume 20% maior”, diz Cirilo.

Eliane Cirilo

ENVIADO PELA COLABORADORA PROFª MARINA FERRI (TAUBATÉ - SP)

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