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29 de dezembro de 2008

PROJETO ProAcqua LANÇADO EM SP PODERÁ TRAZER 40% DE ECONOMIA

Controle do consumo de água


A Sabesp lançou o programa ProAcqua, que permite a medição individualizada do consumo de água de cada apartamento nos condomínios residenciais existentes nos 364 municípios atendidos pela estatal.

Espera-se que esse controle individualizado traga benefícios ao bolso dos moradores e ao meio ambiente. Projetos pilotos realizados recentemente mostraram que, com o novo sistema, a economia com as contas de água nos condomínios pode chegar a 40% para o consumidor.

Acrescente-se que, com o contínuo agravamento da falta de água em várias regiões paulistas - resultado da combinação do alto consumo e da poluição, principalmente na Grande São Paulo -, a medida é de grande importância para o controle do desperdício.

A disponibilidade de água da região metropolitana de São Paulo é de 205 metros cúbicos por habitante/ano. O padrão mínimo estabelecido pela Organização Mundial de Saúde é de 1,5 mil metros cúbicos por habitante/ano.

As bacias que abastecem a região metropolitana estão no limite e a Sabesp tem sido obrigada a trazer água de mananciais cada vez mais distantes. O abastecimento da capital, por exemplo, exige a produção de 3,4 bilhões de litros de água por dia.

Têm sido feitas campanhas educativas para mudar os hábitos do consumidor, mas os resultados estão aquém do desejado. Hoje, na cidade de São Paulo, cada habitante chega a consumir 220 litros de água por dia, mais do que o dobro do recomendado pela ONU.

Além disso, parte considerável da água produzida em São Paulo se perde nos vazamentos existentes nas redes - provocados pelo envelhecimento da tubulação e pela falta de manutenção - e nas fraudes relacionadas à medição e às ligações clandestinas.

Em 2006, a perda de água tratada, antes de ser consumida, era de 32%, segundo o presidente da Sabesp, Gesner de Oliveira. Hoje ela é de 28%. Com a medida que acaba de ser tomada, calcula-se que a perda deva ficar em 24% até 2010. Para se ter uma idéia do que significa essa economia, a água poupada seria suficiente para abastecer uma cidade do porte de Santos durante um ano.

Além da redução do desperdício, a Sabesp busca também aliviar a conta dos consumidores. Serão onerados pela conta individual consumidores que gastam muita água, necessitando ou não, certos de que o custo será rateado em parcelas iguais entre os demais moradores, que assim arcam com uma despesa na qual não incorreram.

Hoje, os condomínios são obrigados a pagar o valor total da conta de água ou o abastecimento de todo o prédio é suspenso. A partir da instalação dos hidrômetros individuais só ficarão sem água as unidades que se mantiverem inadimplentes.

Em reportagem publicada pelo Estado, profissionais especializados em administração de condomínios previram uma redução de 10% a 15% nos custos totais desses prédios. Estudo da Techem, empresa que instala medidores individuais de água, mostrou que aproximadamente 70% dos moradores de prédios da capital paulista pagam tarifa acima daquilo que efetivamente consomem no dia-a-dia.

A instalação dos hidrômetros individuais não é obrigatória. Dependerá da aprovação da assembléia condominial. O custo de instalação do sistema individual de medição de consumo deverá variar entre R$ 700 e R$ 1 mil. Esse custo, estimam os especialistas, deverá ser compensado no prazo de seis meses a um ano, graças à redução da conta de água.

Para o meio ambiente, a preservação dos recursos hídricos é fundamental. Iniciativas como essa da Sabesp são importantes para atingir esse objetivo.

Mas precisam ser complementadas por projetos de controle da ocupação das áreas de proteção dos mananciais que abastecem São Paulo e as regiões mais desenvolvidas do Estado.

Em especial no que se refere à capital, a execução desses projetos é particularmente difícil, porque depende de uma ação firme contra as máfias dos loteamentos clandestinos que há décadas promovem a ocupação ilegal dessas áreas. E essa ação, por sua vez, depende de uma colaboração entre a Prefeitura e o governo do Estado, que infelizmente ainda deixa muito a desejar. Fonte: O Estado


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