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14 de março de 2014

PROFESSOR DE RECURSOS HÍDRICOS DA UNICAMP TEME SECA A PARTIR DE OUTUBRO NA BACIA DO PCJ (SP)

Região da Bacia do PCJ poderá sofrer com falta d'água

Caso não haja novas medidas para fornecimento de água tratada, poderá haver seca a partir outubroGUSTAVO ABDEL
gustavo.santos@bomdiarede.com.br
O professor de recursos hídricos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Antonio Carlos Zuffo, foi enfático: “Nós estamos numa situação de emergência. É racionamento hoje pode evitar catástrofe a partir de outubro”. Sua preocupação se iguala a dos técnicos consórcio dos rios da Bacia PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), que disseram, em reunião realizada na Câmara de Campinas, que a região pode ficar sem água para o consumo humano e uso industrial em 80 dias se a estiagem atípica associada a altas temperaturas persistirem.

De acordo com técnicos do PCJ, a insistência do governo estadual em adiar a adoção do rodízio pode gerar danos irreparáveis ao Sistema Cantareira – que hoje fornece água para cerca de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo e mais 5 milhões no interior do estado – incluindo cidades como Piracicaba e Campinas. 

Volume morto/ Segundo o coordenador de projetos do PCJ, José Cezar Saad, o racionamento deveria começar “imediatamente”. Para ele, a adoção de um racionamento de água deveria ser anterior ao uso do chamado “volume morto”, como quer a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos. 

O volume morto é um reservatório de 400 bilhões de metros cúbicos no Sistema Cantareira que não é utilizado porque o sistema de bombeamento não chega a essa profundidade. 

“Se for usado 60% desse volume até o início do novo período de chuvas, lá pelo mês de outubro, nós nunca mais vamos conseguir recuperar o Sistema Canteira”.

A promotora do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, Alexandra Faccioli Martins, disse que foi definido que a Sabesp deveria ter buscado formas de reduzir sua dependência do Cantareira, mas não o fez.

‘Carta de Campinas’ exige garantias na base da pressão

O Conselho Fiscal do Consórcio PCJ aprovou um documento que chamou de “Carta de Campinas”, em que exige a garantia mínima de 12m3/s de liberação de vazões para as bacias PCJ no período de estiagem e 18m3/s até 2024. De acordo com o documento “trata-se de vazões firmes e inegociáveis para a garantia do 3º parque industrial do país que através de suas nascentes são responsáveis pelo abastecimento de 50% da Grande São Paulo”. 

A Carta de Campinas pede ainda que na renovação da outorga do Sistema Cantareira, “todas as responsabilidades em realizar medidas compensatórias e ações afins, incidam totalmente sobre o solicitante da outorga e da bacia receptora (neste caso Alto Tietê)”.

MAIS

Sabesp diz que segue a regra de órgãos

A Sabesp informou que seguirá a determinação dos órgãos reguladores do Sistema Cantareira - Agência Nacional de Águas e Departamento de Águas e Energia Elétrica - e reduzirá a retirada de água das represas de 33 mil litros por segundo para 27,9 mil litros por segundo. “Por orientação deles (órgãos), o governo vem adotando as medidas, como a redução de vazão. Podemos evoluir para outras medidas, mas por enquanto os técnicos não consideram essa possibilidade”, disse a Sabesp. As consequências do uso do volume morto podem não ser tão danosos quanto os técnicos do PCJ dizem, acredita o órgão. milhões serão atingidos na região.

Fonte: http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/65446/Regiao+podera+sofrer+com+falta+d'agua


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