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2 de agosto de 2008

BACIA DO PRATA PREOCUPA CINCO PAISES - EXPEDIÇÃO ÀS NASCENTES MAIS ALTAS DO PRATA

Nascentes mais altas da Bacia do Prata - Ribeirão Abernéssia - Campos do Jordão EXCLUSIVO AMBIENTE BRASIL:
Cinco países se unem pela Educação Ambiental na Bacia do Prata

Mônica Pinto / AmbienteBrasil (*)
A bacia do Prata é a segunda maior da América do Sul, formada pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai que, juntos, drenam uma área correspondente a 10,5% do território brasileiro. Com 3,2 milhões de quilômetros quadrados, abrange no Brasil os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sob seu espaço de influência estão outros quatro países - Uruguai, Bolívia, Argentina e Paraguai, este o único cujo território fica integralmente na bacia do Prata.

No total, dela depende a qualidade de vida de mais de 130 milhões de pessoas, distribuídas por cidades como Buenos Aires, capital argentina, e Montevideo, do Uruguai. Em território verde e amarelo, a abundância de água em condições desejáveis tem ainda outro viés importante: o econômico.

O equilíbrio da bacia é fundamental para manter a capacidade de geração da usina hidrelétrica de Itaipu, compartilhada por Brasil e Paraguai segundo os termos de um tratado que conferiu ao empreendimento o caráter de “binacional”. A energia de Itaipu, no rio Paraná, garante a produção de nada menos que 65% do PIB brasileiro – como se sabe, ainda concentrado nas regiões Sudeste e Sul. Pouco mais de 20% de toda a energia que o Brasil consome vem da usina binacional e, no Paraguai, esse percentual atinge 95%.

Assim, preocupações ambientais e econômicas uniram os cinco países da área de influência da bacia no Centro de Saberes y Cuidados Socioambientales da Cuenca del Plata, estabelecido em novembro de 2006 por meio de um Acordo de Cooperação Técnica, Científica e Financeira entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu, na presença do representante legal do Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata (CIC). “O reservatório da usina precisa de água de qualidade.

Se houver sedimentos e poluentes em geral, isso é nocivo para os equipamentos, sobretudo para os geradores”, disse a AmbienteBrasil Marcelo Alves de Souza, secretário Executivo do Centro de Saberes pelo lado brasileiro. “Esse cuidado pode aumentar a vida útil da usina em até 50 anos”, completa.

A idéia de unir forças além fronteiras começou a germinar nos Diálogos da Bacia do Prata, promovido por Itaipu e outras organizações naquele mesmo ano, 2006. Por fim, ficaram estabelecidas cinco diretrizes para o Centro: a água como tema integrador; a Bacia do Prata como território operacional; o pensamento ambiental como marco conceitual das ações; a educação ambiental como elemento capaz de mobilizar a sociedade; e a construção coletiva de conhecimentos, ações e organização.

Para cumpri-las, o Centro adotou uma estrutura de mandala. Formou os primeiro e segundo Círculos de Aprendizagem Permanente (CAPs I e II – este com 35 membros, sete por país), e pretende com isso, até o final de 2009, capacitar 4.500 educadores socioambientais, também com distribuição igualitária, numa progressão geométrica.
O Centro de Saberes prevê representação do terceiro setor para cada país membro em todos os CAPs – presentes nos dois Círculos já formados.

O processo de formação do CAP III, com 150 membros, teve início durante os Diálogos sobre Educação Socioambiental na Bacia do Prata, realizados de segunda a quarta-feira desta semana, na Universidade Nacional de Assunção, no Paraguai, onde também foram apresentadas as Práticas de Educação Socioambiental mapeadas pelos Círculos de Aprendizagem Permanente I e II - uma visão sobre as iniciativas já existentes nesse campo nos cinco países da Bacia.

A abertura do evento, na noite de segunda-feira, ficou a cargo do teólogo, escritor e conferencista brasileiro Leonardo Boff. “O Centro de Saberes é a resposta a uma demanda objetiva que a realidade estava pedindo”, disse ele a AmbienteBrasil.

A solenidade contou com a presença do presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo. À parte de seu objetivo prático, o evento transformou-se também em uma espécie de libelo pela identidade latino-americana, em contraponto à “hegemonia cultural e econômica” cujo maior expoente – freqüentemente citado nas palestras – foi o presidente norte-americano George W. Bush. Operação“Nenhuma empresa pública ou privada vai florescer sem responsabilidade socioambiental e sem o envolvimento da comunidade”, disse a AmbienteBrasil Nelton Friedrich, membro do Conselho Diretor e do CAP I do Centro de Saberes pela Itaipu Brasil.
“O Centro só tem sentido numa configuração com os valores dos pensamentos popular, ancestral e acadêmico”, afirmou, enaltecendo a proposta de dar autonomia às comunidades foco da ação, posta em prática pela Itaipu já no bojo do programa Cultivando Água Boa, implantado em 2003.

“Isso é inovador e revolucionário”, avalia Nelton, para quem o estabelecimento de parcerias deve ser condicionante para as iniciativas, de forma a aumentar sua capilaridade e compromisso. * Mônica Pinto participou do evento em Assunção a convite da Itaipu Binacional.

Histórias do CBH-SM

UMA EXPEDIÇÃO NAS NASCENTES MAIS ALTAS DO PRATA

Segundo o historiador de Campos do Jordão, SP, Dr. Pedro Paulo Filho, as nascentes do Ribeirão Abernéssia, no Umuarama, naquela Estância, situada acima de 1800m do nível do mar, são as mais altas da Internacional Bacia do Rio da Prata.

O Ribeirão Abernéssia deságua no Ribeirão Capivari, que forma o Rio Sapucaí Guaçu e, depois, o Rio Sapucaí, em direção a Minas Gerais até desaguar no Rio Paraná.
Veja o relato e fotos de uma Expedição realizada em agosto de 2001 pelo nosso editor, Prof. Jarmuth Andrade, um historiador de Itajuba (MG) João Mauro Moraes e o Chefe de Escoteiros do grupo Oyaguara de Campos do Jordão, Gerson Caetano em busca do histórico "Marco das Quatro Nações", ponto que registra a união destas nascentes, consideradas as "mais altas da Bacia do Prata".
Visite o Site ARCA (memorial online das bacias da Mantiqueira) e conheça esse registro.

EXPEDIÇÃO EM BUSCA DO MARCO DAS NASCENTES MAIS ALTAS DO PRATA
Segundo o historiador jordanense, Dr. Pedro Paulo Filho, as nascentes do Ribeirão Abernéssia, no Umuarama, em Campos do Jordão, situada acima de 1800m do nível do mar, são as mais altas da Bacia do Rio da Prata.
O Ribeirão Abernéssia deságua no Ribeirão Capivari, que forma o Rio Sapucaí Guaçu e, depois, o Rio Sapucaí, em direção a Minas Gerais.

Em busca do "Marco das Quatro Nações", ponto que registra a união destas nascentes, o Professor Jarmuth Andrade, do IPB, o chefe de Escoteiros do grupo Oyaguara, Gerson Caetano e o historiador itajubense, João Mauro Moraes, percorreram, vários quilômetros de trilhas, como registram as fotos abaixo.


Sr. Gabriel, Administrador da Colônia de Férias do Instituto Presbiteriano Mackenzie recebe na sede os componentes da expedição.

Prof. Jarmuth Andrade, na época do Instituto Pinho Bravo e historiador mineiro José Mauro no Lago do Umuarama.
Chefe Gerson do Grupo de Escoteiros Oyaguara e José Mauro no início das trilhas

Após muito subir a montanha no meio da mata a equipe chega ao reservatório que reúne as principais nascentes e através de tubulação distribui para as residências turísticas de inverno e colônia Mackenzie do Umuarara.
O esforço foi muito grande, as trilhas ingrimes na mata foram vencidas, mas o marco não foi localizado dessa vez...
O Instituto SOS Rios do Brasil programa para breve, com as entidades ambientais e comitês de bacias da região uma grande expedição saindo do Umuarama, onde se reúnem as nascentes mais altas da Bacia do Prata, indo em direção ao lago de Furnas, em Alfenas (MG). Fonte: http://www.amigosdoribeirao.8m.com/expedica.htm


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