Lagoa de Varedão: ponto de interligação da bacia do Tocantins com a do São Francisco.
Águas do Tocantins para o São Francisco
Luiz Carlos Baldicero Molion
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COMENTÁRIOS:
17/03/2010
Meus Prezados,
Interessante artigo do Molion, onde ele mostra as reais deficiências do Velho Chico em fornecer volumes para os diversos usos aos quais o rio é submetido. Nossa discordância apenas na questão de se trazer água do rio Tocantins para gerar energia nas hidrelétricas do rio São Francisco. Em nossa opinião, muito mais sensato seria ampliar a capacidade geradora de Tucuruí (hidrelétrica existente no rio Tocantins) e transportar, para o Nordeste, a energia ali gerada, através de linhas de transmissão.
João Suassuna - joao.suassuna@fundaj.gov.br
Pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco
28/03/2010
Colegas e amigos, recomendo a leitura do texto que repasso através de artigo importante do professor alagoano Luiz Carlos B. Molion, em que discute o clima e suas implicações sobre as chuvas sobre o São Francisco. Ele levanta a hipótese da transposição do Tocantins para o São Francisco a montante de Sobradinho. Recebi do João Suassuna.
Só lembrando, o projeto de transposição do São Francisco pelos eixos Norte e Leste, está levando o governo federal a forçar a construção das barragens nos rios Velhas, Paracatu e Urucuia, senão no Paraopeba e no Abaeté e outros menores. A pressão político-financeira e interesses eleitoriais ao nível de disputas federativas, estão ganhando terreno, conquistando alianças de interesses, comprometendo a bacia do São Francisco, sobretudo em Minas Gerais.
É interesse fundamental da bacia do São Francisco preservar a integridade das bacias em Minas Gerais, por razões ambientais, não admitir nem permitir a construção de barragens nos rios mencionados. Por outro lado insistir em nossos argumentos de que uma competente gestão das águas no Nordeste setentrional, envolvendo a construção de um modelo econômico compativel com a questão do clima, do sistema de chuvas, das características do solo e da população do semi-árido, poderemos prescindir da necessidade de transposição das águas do São Francisco, que não pensa o semi-árido como um conjunto social-ambiental, e não aproveita as características positivas do semi-árido para uma economia adaptada ao clima. Recente trabalho sobre desmatamento do semi-árido que li em jornais, dá conta que o Ceará e a Bahia são os dois estados onde é maior o desmatamento do semi-árido. Mas em todos, desmata-se o cerrado e a caatinga de forma absurda.
Tendo em vista o potencial da agrícultura irrigável na bacia do São Francisco e comparando-se com a vazão muito superior da bacia do Tocantins, de acordo com o estudo, fica comprovado que não há disponibilidade hídrica no São Francisco quando o cenário se projeta para o desenvolvimento econômico e para as próximas décadas e séculos. E levando em conta a necessidade da vazão ecológica ainda maior, tendo em vista a poluição que haverá sobre o rio, mesmo com todos os cuidados futuros.
O relevante neste artigo são as considerações climáticas, que geraram o semi-árido. Não esquecer do grande potencial hídrico em todo o Nordeste, desde que se criem condições de captação de águas pluviais de maior envergadura e se faça extração em poços subterrâneos com a tecnologia que temos(lembremos do pré-sal!!). As populações deveriam se deslocar não os rios. Pois os ecossistemas e os fenômenos geradores do quadro geológico-geográfico-biológico não são transferível, e portanto a estabilidade de longo prazo de uma transposição serão sempre um problema a mais, com custos e riscos adicionais.
Quanto a possibilidades de adução de água para fins de abastecimento humano e animal isto é outra coisa e podea vir água à vontade do Tocantins. Trata-se realmente de uma reserva importante quando se pensar a população humana e animal em tempos futuros. A adução de água vem por encanamento fechado, com tecnologia mais resolvida e menores impactos ambientais. As transposições através de canais abertos e grandes elevatórias como as previstas nos eixos norte e leste,da transposição do São Francisco, são de outra dimensão e consequencias e para fins absurdos. Não queremos imitar uma dada versão do que aconteceu no rio Colorado, sem contabilizar o conjunto dos impactos dentro e fora dos EUA do que ocorreu a partir deste projeto do Colorado.
Apolo Heringer Lisboa - apololisboa@gmail.com
Coordenador do Projeto Manuelzão
SAIBA MAIS
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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