Iêmen enfrenta crise de água
Um produtor de água, recentemente entrevistado pelo reuters, explica que mesmo com um poço de 400 metros de profundidade, eles não estão mais conseguindo extrair um volume considerável de água. O mesmo acontece nos outros poços com profundidade de 600 e 914 metros na capital montanhosa do Iêmen, Sanaa, mais água está sendo consumida do que produzida. Famílias reportaram que estão sem acesso à água por semanas. Sanaa á habitada por 2 milhões de pessoas e está crescendo rapidamente. Cientistas dizem que se essa tendência continuar, a cidade se tornará fantasma em 20 anos. Para piorar a situação, há evidências de que uma grande proporção desta falta de água seja culpa de uma “droga nacional”.
Curiosamente, a raiz do problema vem de uma droga nacional. Um fraco narcótico obtido de folhas de uma planta do país, chamada de Qat, é imensamente popular no Iêmen – os homens a mascam durante grande parte do dia, até mesmo no trabalho. A droga é legal, e socialmente aceitável e também tem os mínimos efeitos narcóticos, mas é um dos principais responsáveis por secar o estoque nacional de água.
Cerca de 90% da água utilizada no País é destinada à agricultura. E um volume impressionante de 37% de toda essa água é utilizada no cultivo da planta que gera a droga. Os subsídios do governo encorajam o cultivo da planta, e a industria de Qat emprega milhares de pessoas. “É verdade que a qat utiliza muita água mas o Iêmen não pode viver sem ela” disse um comerciante de qat ao Reuters. Um outro afirmou que, “Nós dependemos do qat. Sem isso, o Iêmen é impossível. Que Deus nos ajude a achar mais água.”
Os governos do oeste temem que a instabilidade que uma grande crise de água além de ser devastadora para a população do Iêmen, a torne um grande alvo de recrutamento de grupos terroristas como o Al Qaeda.
Há 23 milhões de habitantes no Iêmen, e a tendência é que a população dobre nos próximos 20 anos. Se uma forma mais sustentável de gerenciar a água não for encontrada, a área deverá se tornar instável – conflitos violentos pela falta de água já começaram a acontecer em províncias do norte. Vamos torcer para que o Iêmen arranje uma forma melhor de manter a sua agricultura e também o aumento da população sedenta. Alguns estão pedindo que parem com os subsídios do qat, o que colocaria o país em uma crise econômica por muitas décadas. Fonte: Blog do Ambiente Brasil
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASIL
ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Segundo dados da ONU 1,1 bilhão de pessoas ainda não tem acesso a água potável; num universo de 6 bilhões esse número representa quase 20% de toda a população mundial ! No caso específico do Iêmen a carência é maior, falta total de água. Os moradores do Iêmen costumam colocar recipientes metálicos nos telhados para armazenar água da chuva.
ResponderExcluirPesquisadores da Universidade de Sanaa atribuem à água entre 70% e 80% das disputas que acontecem no meio rural.
A imprensa local repercutiu recentemente um conflito entre clãs das províncias de Hajjah e Amran por um poço situado entre ambas.
Deus abençoe nossos mananciais e que uma luz desça do céu sobre as autoridades brasileiras para que invistam, para valer, em saneamento básico !
Newton Almeida MEIO AMBIENTE RIO DE JANEIRO
www.limpezariomeriti.blogspot.com