Terça-Feira, 23 de Fevereiro de 2010
Vale entra na disputa pela hidrelétrica de Belo Monte
Mineradora e a Neoenergia se unem à Andrade Gutierrez e à Votorantim Energia em consórcioNicola Pamplona e Mônica Ciarelli, RIO
A Vale e a Neoenergia anunciaram ontem que se unem à construtora Andrade Gutierrez e à Votorantim Energia no primeiro consórcio oficial para a disputa da hidrelétrica de Belo Monte. Em comunicado conjunto, as companhias dizem que o consórcio vai "desenvolver estudos para determinar a atratividade do empreendimento, avaliar as condições de participação no processo e, após essas etapas, formalizar instrumentos jurídicos definitivos que permitam sua entrada conjunta no leilão".
A participação da mineradora na disputa, em conjunto com a Andrade Gutierrez, já havia sido especulada pelo mercado. Até o momento, o principal oponente deve ser um consórcio que vem sendo formado pelas construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa. Segundo anunciado pelo governo na semana passada, a Eletrobrás deve participar do consórcio vencedor, como uma maneira para ajudar a viabilizar a obra, orçada inicialmente em R$ 16 bilhões.
A cifra, porém, é considerada conservadora pelo mercado e está sob reavaliação pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), após a determinação de uma série de compensações ambientais pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Principal projeto do último ano de governo Lula, a usina terá potência total de 11 mil megawatts (MW). O leilão está previsto para o segundo trimestre.
Procuradas pelo Estado, Vale e Neoenergia não quiseram detalhar o assunto.
Responsável por cerca de 4% de toda energia consumida no Brasil, a Vale se tornou nos últimos anos um importante nome no mercado de geração de energia. O investimento da companhia no setor tem como pano de fundo garantir suprimento e fugir de grandes oscilações de preço. Para o analista de mineração da corretora SLW, Pedro Galdi, Belo Monte poderia suprir as unidades de produção de alumínio da Vale no Pará - um dos segmentos mais intensivos no consumo de energia.
"Com a participação, a Vale terá o direito de comprar energia. Isso é importante para ela. Imagina, você tem uma estrutura e, pela falta de energia, não pode produzir seu produto. Isso é crucial. O grande gargalo hoje na cadeia de alumínio é energia", explicou. A empresa participa de sete hidrelétricas no Brasil, que produziram em 2008 4.152 GWh, além da usina de Estreito, no Tocantins, com potência de 1 mil MW, ainda em construção.
Em seu último plano estratégico, a companhia ressaltou seu interesse em "diversificar e otimizar sua matriz energética". Nesse sentido, iniciou em 2007 a atuação no segmento de exploração de gás natural, com a compra de blocos licitados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Atualmente, a empresa detém participações minoritárias em consórcios para explorar gás natural em blocos localizados nas Baías do Espírito Santo, Pará-Maranhão, Parnaíba e Santos.
Vale e Neoenergia têm em comum uma importante participação do fundo de pensão Previ em seus quadros de acionistas. Nessa última, o fundo divide a gestão com a espanhola Iberdrola. A empresa controla três distribuidoras de eletricidade no Brasil - no Rio Grande do Norte, Pernambuco e na Bahia - e tem participação em dez projetos de geração e transmissão de energia elétrica de pequeno e médio porte.
A participação da mineradora na disputa, em conjunto com a Andrade Gutierrez, já havia sido especulada pelo mercado. Até o momento, o principal oponente deve ser um consórcio que vem sendo formado pelas construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa. Segundo anunciado pelo governo na semana passada, a Eletrobrás deve participar do consórcio vencedor, como uma maneira para ajudar a viabilizar a obra, orçada inicialmente em R$ 16 bilhões.
A cifra, porém, é considerada conservadora pelo mercado e está sob reavaliação pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), após a determinação de uma série de compensações ambientais pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Principal projeto do último ano de governo Lula, a usina terá potência total de 11 mil megawatts (MW). O leilão está previsto para o segundo trimestre.
Procuradas pelo Estado, Vale e Neoenergia não quiseram detalhar o assunto.
Responsável por cerca de 4% de toda energia consumida no Brasil, a Vale se tornou nos últimos anos um importante nome no mercado de geração de energia. O investimento da companhia no setor tem como pano de fundo garantir suprimento e fugir de grandes oscilações de preço. Para o analista de mineração da corretora SLW, Pedro Galdi, Belo Monte poderia suprir as unidades de produção de alumínio da Vale no Pará - um dos segmentos mais intensivos no consumo de energia.
"Com a participação, a Vale terá o direito de comprar energia. Isso é importante para ela. Imagina, você tem uma estrutura e, pela falta de energia, não pode produzir seu produto. Isso é crucial. O grande gargalo hoje na cadeia de alumínio é energia", explicou. A empresa participa de sete hidrelétricas no Brasil, que produziram em 2008 4.152 GWh, além da usina de Estreito, no Tocantins, com potência de 1 mil MW, ainda em construção.
Em seu último plano estratégico, a companhia ressaltou seu interesse em "diversificar e otimizar sua matriz energética". Nesse sentido, iniciou em 2007 a atuação no segmento de exploração de gás natural, com a compra de blocos licitados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). Atualmente, a empresa detém participações minoritárias em consórcios para explorar gás natural em blocos localizados nas Baías do Espírito Santo, Pará-Maranhão, Parnaíba e Santos.
Vale e Neoenergia têm em comum uma importante participação do fundo de pensão Previ em seus quadros de acionistas. Nessa última, o fundo divide a gestão com a espanhola Iberdrola. A empresa controla três distribuidoras de eletricidade no Brasil - no Rio Grande do Norte, Pernambuco e na Bahia - e tem participação em dez projetos de geração e transmissão de energia elétrica de pequeno e médio porte.
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ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
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