Caminhada contra Belo Monte reúne 1.500 manifestantes em Altamira 17/03/2010 Nessa segunda-feira (15/3), um ato de resistência à construção da hidrelétrica e em defesa da vida e do Rio Xingu encheu as ruas de Altamira, no Pará. Movimentos sociais e moradores da região queimaram bonecos e protestaram contra a barragem, cuja licença prévia foi liberada pelo governo em fevereiro deste ano. |
A manifestação, organizada conjuntamente pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS), saiu do campus da Universidade Federal do Pará, onde estão acampados moradores das cidades de Marabá e Tucuruí. Os manifestantes de fora vieram com o objetivo de reforçar o movimento de resistência contra Belo Monte e sensibilizar a população local sobre as violações e opressões vividas pelos atingidos por barragens de outras localidades do País. Mais de 1.500 pessoas – entre representações dos movimentos sociais, estudantes, agricultores e ribeirinhos da Volta Grande do Xingu, lideranças do MAB de Tucuruí e Marabá, representações dos movimentos sociais dos municípios de Porto de Moz, Gurupá, Senador José Porfírio, Vitoria do Xingu e Anapu – marcharam pelas principais ruas comerciais de Altamira em protesto contra o governo Lula e a implantação ilegal da barragem de Belo Monte no Rio Xingu. Durante a caminhada, os manifestantes pararam em frente ao centro Eletronorte e queimaram os bonecos do Presidente Lula, dos ministros Dilma Russef e Carlos Minc e dos representantes das empresas interessadas na construção da barragem, como Camargo Correia, Odebrecht e Andrade Gutierrez, Vale, Alcoa e Suez. Até 19 de março, o MAB vai acompanhar moradores de Tucuruí, Marabá, Itaituba e da região da Transamazônica e do Xingu em palestras e visitas a famílias de áreas de baixadas da cidade de Altamira, para repassar as experiências sofridas pelos atingidos por barragens com a construção de hidrelétricas, como a de Tucuruí. Segundo a representante do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS), Antônia Melo, a proposta é fortalecer o movimento para ajudar os moradores da região na luta de resistência contra a construção de Belo Monte: “Os exemplos de outras barragens mostram que o povo atingido é expulso e tratado como objeto descartável. A realidade das construções de barragens mostra que as empresas não respeitam os direitos das populações atingidas e o governo, irresponsável, que entrega os rios e a vida do povo nas mãos destas empresas, vira as costas ao clamor da população. Isso não pode acontecer”. Saiba mais sobre Belo Monte aqui. Edital de Belo Monte deve sair amanhã e leilão, em abril
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