Projetos do Rio de Janeiro são beneficiados pelo III Edital do Fundo Costa Atlântica
Fundação SOS Mata Atlântica contempla projetos para a conservação e uso sustentável de manguezais e restingas em Guaratiba e a consolidação da criação das UCs Marinhas de Armação de Búzios.
A Fundação SOS Mata Atlântica anuncia os selecionados do “III Edital Costa Atlântica”, lançado por meio de seu Programa de Conservação das Zonas Costeira e Marinha sob influência do Bioma Mata Atlântica. No Rio de Janeiro, o Instituto Marinho para o Equilíbrio Socioambiental (Instituto Marés) e a Associação Amigos do Museu Nacional/ Projeto Coral Vivo tiveram projetos contemplados pelo III Edital, que selecionou seis projetos do Brasil para receber, ao todo, cerca de R$ 200.000,00 para duas linhas de apoio: Criação e Consolidação de Unidades de Conservação (UCs) Marinhas e Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais ou Restingas. Os recursos destinados aos projetos sãodo Bradesco Capitalização e Fundação Toyota do Brasil.
O Rio de Janeiro, agora, tem três projetos contemplados entre os Editais, já que o primeiro edital, realizado em 2008, também contemplou um projeto na região. “Em 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, abrimos uma nova linha de apoio para projetos de conservação e uso sustentável de manguezais e restingas pela importância desses ambientes para a biodiversidade e, principalmente, pelos impactos que estas áreas vêm sofrendo com a ação humana”, afirma o biólogo Fabio Motta, coordenador do Programa Costa Atlântica.
O Instituto Marés foi contemplado na linha de conservação de manguezais ou restingas com o projeto “Serviços Ambientais em Ecossistemas Costeiros: O Papel dos Manguezais na Mitigação do Aquecimento Global”. A organização irá, por meio de um trabalho de pesquisa aplicada, estimar o volume de carbono absorvido pela vegetação de mangue de Guaratiba com vistas a valorar este importante serviço ambiental desempenhado pelos manguezais do sudeste do Brasil.
O projeto surgiu diante do reconhecimento de que as taxas de emissão podem ser mitigadas pela transferência de CO2 da atmosfera para a biosfera.
Por ser uma floresta, os manguezais exercem papel fundamental no processo de sequestro de carbono. “Esse apoio vai ser fundamental para o avanço na abordagem do projeto, pois ele já existe há 10 anos por meio de trabalhos acadêmicos e sempre estabelecemos novas etapas para o projeto evoluir. Agora, vamos avançar com uma proposta de valoração monetária do serviço ambiental de sequestro de carbono promovido pelos manguezais. Isso agrega valor e nos levará a, futuramente, trabalhar com projetos de Pagamento por Serviços Ambientais”, informa Gustavo Calderucio, presidente do Instituto Marés.
Todo o processo desse projeto vem sendo realizado desde 2003, quando o Núcleo de Estudos em Manguezais (NEMA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) iniciou uma série de testes em Guaratiba, na Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba, para avaliar o potencial de sequestro de carbono por florestas de mangue de regiões de médias latitudes. Os resultados preliminares indicaram taxas de sequestro compatíveis com as observadas em baixas latitudes, conferindo grande importância às florestas do sudeste do Brasil.
Já a Associação Amigos do Museu Nacional/ Projeto Coral Vivo, contemplada na mesma linha com o projeto “Consolidação de Novas Ucs Marinhas de Armação de Búzios”, trabalhará para consolidar a criação, em 2009, das UCs Marinhas no município de Armação de Búzios. Trata-se da Área de Proteção Ambiental (APA) e do Parque Natural dos Corais. A APA, com cerca de 20 mil hectares, abrange todo o litoral e grande parte das águas que circundam o cabo Búzios. O Parque Natural, com área total de aproximadamente 56 ha, está localizado dentro da APA e é onde ocorrem as principais comunidades coralíneas. A iniciativa vai desenvolver ações para a divulgação, demarcação e sinalização das áreas protegidas, bem como fortalecer seus conselhos gestores por meio de processos de capacitação. “Essa é a primeira ação efetiva para que as UCs, que foram criadas em 2009, deem certo”, afirma Clóvis Barreira, coordenador adjunto do projeto.
Para alcançar seu objetivo o projeto irá atuar em aspectos considerados dos mais relevantes durante a fase de estabelecimento básico de UCs marinhas: a) Consolidação territorial do Parque Natural dos Corais, por meio da demarcação e sinalização da área protegida; b) Divulgação da criação das áreas protegidas (APA e Parque) junto aos usuários das áreas, em especial de sua presença e de características das próprias sinalização e demarcação da área; e c) Fortalecimento das UCs (APA e Parque), por meio da capacitação de seus Conselhos Gestores para que cumpram plenamente seu papel.
Histórico do Programa
O Fundo para Conservação e Fomento ao Desenvolvimento Regional nas Zonas Costeira e Marinha sob Influência do Bioma Mata Atlântica (Fundo Costa Atlântica) foi criado para apoiar a criação e consolidação das unidades de conservação marinhas (públicas) e fomentar o desenvolvimento local e regional na zona costeira.
O primeiro Edital para projetos com foco na criação ou consolidação de unidades de conservação marinha, aberto em 2007, teve 11 propostas apresentadas e cinco projetos selecionados, de seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e Piauí. São eles: “Refúgio de Vida Silvestre do Peixe-Boi Marinho” (Aquasis); “Projeto de Apoio à Fiscalização Marinha da Estação Ecológica dos Tupiniquins e Entorno” (Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro - SDLB); “Apoio à Criação e Planejamento de uma Unidade de Conservação Municipal Marinha em Ilhéus BA” (Instituto Floresta Viva); Centro de Informações Ambientais da Estação Ecológica de Tamoios: Contribuindo com a Conservação da Biodiversidade e a Sustentabilidade Sócio-Ambiental da Baía da Ilha Grande (Sociedade Angrense de Proteção Ecológica – Sape); e “Educação Ambiental no Parque Nacional Marinho e na Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha” (Centro Golfinho Rotador).
Já no II Edital, 10 propostas foram apresentadas e três projetos da Bahia, Espírito Santo e São Paulo selecionados. Trata-se do “Levantamento de subsídios, através de processo participativo, para criação do Refúgio de Vida Silvestre da Praia do Forte, município de Mata de São João-BA” (Fundação Pró-Tamar); “Articulação Pró Mangue Canal de Bertioga: Proposta de criação de Unidade de Conservação de Uso Sustentável para a região do Canal de Bertioga, Rio Itapanhaú e Manguezais associados – SP” (Instituto Maramar); e “Diagnóstico da Biodiversidade do Arquipélago Sul Capixaba” (Associação Ambiental Voz da Natureza).
Com todos esses resultados o programa colabora com a proteção de mais de 106.806 hectares da costa brasileira, com a qualidade de vida de pessoas que vivem nessas regiões e na preservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção. “Além disso, acreditamos que o programa vem contribuindo com uma das missões da SOS Mata Atlântica: promover a conservação da diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações para o desenvolvimento sustentável” finaliza Motta.
A Fundação SOS Mata Atlântica anuncia os selecionados do “III Edital Costa Atlântica”, lançado por meio de seu Programa de Conservação das Zonas Costeira e Marinha sob influência do Bioma Mata Atlântica. No Rio de Janeiro, o Instituto Marinho para o Equilíbrio Socioambiental (Instituto Marés) e a Associação Amigos do Museu Nacional/ Projeto Coral Vivo tiveram projetos contemplados pelo III Edital, que selecionou seis projetos do Brasil para receber, ao todo, cerca de R$ 200.000,00 para duas linhas de apoio: Criação e Consolidação de Unidades de Conservação (UCs) Marinhas e Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais ou Restingas. Os recursos destinados aos projetos sãodo Bradesco Capitalização e Fundação Toyota do Brasil.
O Rio de Janeiro, agora, tem três projetos contemplados entre os Editais, já que o primeiro edital, realizado em 2008, também contemplou um projeto na região. “Em 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, abrimos uma nova linha de apoio para projetos de conservação e uso sustentável de manguezais e restingas pela importância desses ambientes para a biodiversidade e, principalmente, pelos impactos que estas áreas vêm sofrendo com a ação humana”, afirma o biólogo Fabio Motta, coordenador do Programa Costa Atlântica.
O Instituto Marés foi contemplado na linha de conservação de manguezais ou restingas com o projeto “Serviços Ambientais em Ecossistemas Costeiros: O Papel dos Manguezais na Mitigação do Aquecimento Global”. A organização irá, por meio de um trabalho de pesquisa aplicada, estimar o volume de carbono absorvido pela vegetação de mangue de Guaratiba com vistas a valorar este importante serviço ambiental desempenhado pelos manguezais do sudeste do Brasil.
O projeto surgiu diante do reconhecimento de que as taxas de emissão podem ser mitigadas pela transferência de CO2 da atmosfera para a biosfera.
Por ser uma floresta, os manguezais exercem papel fundamental no processo de sequestro de carbono. “Esse apoio vai ser fundamental para o avanço na abordagem do projeto, pois ele já existe há 10 anos por meio de trabalhos acadêmicos e sempre estabelecemos novas etapas para o projeto evoluir. Agora, vamos avançar com uma proposta de valoração monetária do serviço ambiental de sequestro de carbono promovido pelos manguezais. Isso agrega valor e nos levará a, futuramente, trabalhar com projetos de Pagamento por Serviços Ambientais”, informa Gustavo Calderucio, presidente do Instituto Marés.
Todo o processo desse projeto vem sendo realizado desde 2003, quando o Núcleo de Estudos em Manguezais (NEMA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) iniciou uma série de testes em Guaratiba, na Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba, para avaliar o potencial de sequestro de carbono por florestas de mangue de regiões de médias latitudes. Os resultados preliminares indicaram taxas de sequestro compatíveis com as observadas em baixas latitudes, conferindo grande importância às florestas do sudeste do Brasil.
Já a Associação Amigos do Museu Nacional/ Projeto Coral Vivo, contemplada na mesma linha com o projeto “Consolidação de Novas Ucs Marinhas de Armação de Búzios”, trabalhará para consolidar a criação, em 2009, das UCs Marinhas no município de Armação de Búzios. Trata-se da Área de Proteção Ambiental (APA) e do Parque Natural dos Corais. A APA, com cerca de 20 mil hectares, abrange todo o litoral e grande parte das águas que circundam o cabo Búzios. O Parque Natural, com área total de aproximadamente 56 ha, está localizado dentro da APA e é onde ocorrem as principais comunidades coralíneas. A iniciativa vai desenvolver ações para a divulgação, demarcação e sinalização das áreas protegidas, bem como fortalecer seus conselhos gestores por meio de processos de capacitação. “Essa é a primeira ação efetiva para que as UCs, que foram criadas em 2009, deem certo”, afirma Clóvis Barreira, coordenador adjunto do projeto.
Para alcançar seu objetivo o projeto irá atuar em aspectos considerados dos mais relevantes durante a fase de estabelecimento básico de UCs marinhas: a) Consolidação territorial do Parque Natural dos Corais, por meio da demarcação e sinalização da área protegida; b) Divulgação da criação das áreas protegidas (APA e Parque) junto aos usuários das áreas, em especial de sua presença e de características das próprias sinalização e demarcação da área; e c) Fortalecimento das UCs (APA e Parque), por meio da capacitação de seus Conselhos Gestores para que cumpram plenamente seu papel.
Histórico do Programa
O Fundo para Conservação e Fomento ao Desenvolvimento Regional nas Zonas Costeira e Marinha sob Influência do Bioma Mata Atlântica (Fundo Costa Atlântica) foi criado para apoiar a criação e consolidação das unidades de conservação marinhas (públicas) e fomentar o desenvolvimento local e regional na zona costeira.
O primeiro Edital para projetos com foco na criação ou consolidação de unidades de conservação marinha, aberto em 2007, teve 11 propostas apresentadas e cinco projetos selecionados, de seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Ceará e Piauí. São eles: “Refúgio de Vida Silvestre do Peixe-Boi Marinho” (Aquasis); “Projeto de Apoio à Fiscalização Marinha da Estação Ecológica dos Tupiniquins e Entorno” (Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro - SDLB); “Apoio à Criação e Planejamento de uma Unidade de Conservação Municipal Marinha em Ilhéus BA” (Instituto Floresta Viva); Centro de Informações Ambientais da Estação Ecológica de Tamoios: Contribuindo com a Conservação da Biodiversidade e a Sustentabilidade Sócio-Ambiental da Baía da Ilha Grande (Sociedade Angrense de Proteção Ecológica – Sape); e “Educação Ambiental no Parque Nacional Marinho e na Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha” (Centro Golfinho Rotador).
Já no II Edital, 10 propostas foram apresentadas e três projetos da Bahia, Espírito Santo e São Paulo selecionados. Trata-se do “Levantamento de subsídios, através de processo participativo, para criação do Refúgio de Vida Silvestre da Praia do Forte, município de Mata de São João-BA” (Fundação Pró-Tamar); “Articulação Pró Mangue Canal de Bertioga: Proposta de criação de Unidade de Conservação de Uso Sustentável para a região do Canal de Bertioga, Rio Itapanhaú e Manguezais associados – SP” (Instituto Maramar); e “Diagnóstico da Biodiversidade do Arquipélago Sul Capixaba” (Associação Ambiental Voz da Natureza).
Com todos esses resultados o programa colabora com a proteção de mais de 106.806 hectares da costa brasileira, com a qualidade de vida de pessoas que vivem nessas regiões e na preservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção. “Além disso, acreditamos que o programa vem contribuindo com uma das missões da SOS Mata Atlântica: promover a conservação da diversidade biológica e cultural do Bioma Mata Atlântica e ecossistemas sob sua influência, estimulando ações para o desenvolvimento sustentável” finaliza Motta.
Fonte: Lead Comunicação e Sustentabilidade.
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