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11 de março de 2014

SOS PANTANAL DO MT QUE ENFRENTA GRANDE CHEIA DO RIO PARAGUAI, COM MUITOS PREJU'ZOS

Pantanal em MT ‘vira mar’ e enchente mata gados; ilhadas, crianças ficam sem aulasCheias na região do Pantanal Mato-grossense: pecuaristas contam prejuizados | Foto: Ilustração

Pantanal em MT ‘vira mar’ e enchente mata gados; ilhadas, crianças ficam sem aulas
Cheia do Rio Paraguai castigou e provocou prejuízos as fazendas na parte baixa do Pantanal
   11/03/2014 - 09:31:04

Após alcançar a maior cheia dos últimos 19 anos, o rio Paraguai começa a baixar, de forma lentamente, em Cáceres, região Oeste de Mato Grosso, e a população contabiliza os prejuízos. Na parte alta do Pantanal, como a região de Vila Aparecida, dezenas de crianças estão sem aula e alguns produtos básicos começam a faltar no comércio local. 

Na parte baixa, na fronteira com a Bolívia, muitos fazendeiros, perderam gados que morreram afogados e outros atolados. “O pantanal se transformou em um verdadeiro mar” - contou o engenheiro Milton de Paula Ferreira, proprietário da fazenda Baia da Pedra, lembrando que a maioria do gado, foi e ainda continua sendo socorrida, para partes altas das propriedades.

Na quarta-feira (5), o rio alcançou a altura de 5,97 metros, de acordo com a Marinha, a maior cheia registrada nos últimos 19 anos. Ele havia ultrapassado essa marca em 1995, quando chegou a 6, 15 metros. No dia 5, chegou a ultrapassar 55 centímetros da cota de alerta, que é de 5,42 metros. A enchente, conforme o comandante da Agência Fluvial de Cáceres, capitão Josinaldo Sobrinho é resultado do grande volume de chuva que caiu, incessantemente, no final de fevereiro, na cabeceira da bacia do Paraguai.

No auge da enchente, entre final de fevereiro e início de março, na MT- 343 entre Cáceres e Barra do Bugres, a água ficou a 50 centímetros acima do nível da estrada. Na medida em que foi baixando surgiram os atoleiros, provocados pelo lamaçal. Hoje, depois de uma semana, cerca de 100 alunos das comunidades de Flor da Mata, Santana, Exú e Guanandí, ainda estão sem aulas. Pelo menos, quatro pontes caíram só nessa estrada.

O lamaçal que se formou ao longo da estrada impossibilita a aproximação dos ônibus que fazem o transporte escolar. Apenas 2 dos 5 ônibus que transportam os alunos estão em operação nas linhas. “A situação é preocupante.

Além dos alunos que estão sem aulas, produtos básicos, como gás de cozinha, começa a faltar no comércio local” diz o representante da comunidade na Câmara, vereador Domingos dos Santos.

A preocupação levou, inclusive, Domingos a recorrer a prefeitura e ao Governo do Estado, no sentido de viabilizar de forma imediata, a recuperação da rodovia. “Com apoio dos nossos colegas, a Câmara aprovou uma indicação de nossa autoria cobrando ações imediatas da prefeitura e do governo do Estado para recuperar a rodovia, que em muitos trechos, está intransitável” afirmou.

A cheia do Rio Paraguai castigou e provocou prejuízos as fazendas localizadas na parte baixa do Pantanal, na fronteira, com a Bolívia. “É, sem dúvida, a maior enchente dos últimos anos. O pantanal se transformou em um verdadeiro mar. Muitos perderam gados e animais de estimação” afirma o fazendeiro Milton de Paula, proprietário da fazenda Baia da Pedra, lembrando que muito gado foi e continua sendo socorrido, sendo levados para a parte alta das propriedades.

“Uns afogados e outros atolados. A maioria vacas paridas que estavam fracas” 
- Adão Alves Arruda, o “Teco” , proprietário da Fazenda Alegria,
que perdeu 25 cabeças de gado

Na tarde de sexta-feira, o fazendeiro Luiz Claudio Fontes Graças, proprietário da Fazenda Vitória, no baixo pantanal, viajou às pressas de São Paulo para Cáceres, para providenciar a transferência do gado para parte alta da propriedade. “A fazenda está localizada em uma das partes mais baixas do pantanal. A informação que temos é que o forte da água ainda não chegou lá. Por isso temos que providenciar o socorro imediato dos animais”.


Na quinta-feira, o secretário municipal de Obras, Cláudio Oliveira, retomou os trabalhos de recuperação das ruas, estradas e pontes da zona rural danificados pelas chuvas. “O estrago foi grande, mas a prefeitura está fazendo o possível e o impossível para, pelo menos, amenizar a situação”. Acrescentou que “através de parcerias para já adquirimos alguns materiais para a recuperação dessas vias. Além disso, encaminhamos oficio para juíza do fórum local e para a polícia ambiental, solicitando a liberação de madeira apreendida, para fazermos a recuperação das pontes”, afirmou.

Oliveira reiterou que prefeitura já tem o material para realizar o trabalho, mas a equipe de funcionários é reduzida, por isso o trabalho será realizado aos poucos. “Neste momento toda nossa equipe está empenhada no escoamento de águas da chuva nas ruas, arrumando pontes, ou seja, tudo que foi possível realizar durante este período estaremos realizando”.



Marinha não registrou acidente
Apesar do movimento intenso registrado no rio Paraguai, em decorrência do feriado prolongado de Carnaval e da abertura da temporada de pesca, o período foi tranquilo e não registrou nenhuma ocorrência, segundo informações da Marinha. A Agência Fluvial de Cáceres esteve patrulhando o rio todos os dias, e o que registrou foi pessoas embarcadas usando os coletes salva vidas e sem cometer excessos, como velocidade ou uso de bebidas alcoólicas.

Na quinta-feira, o comando da agência, disse que a tendência é que o nível do rio se estabilizasse na altura de 5,97 e fosse baixando gradativamente. O comando reafirma que essa é uma das maiores cheias dos últimos tempos. Em 1980, chegou a atingir 6,08 metros, em 1982, 6,58 metros e em 1995, 6,15 metros.  http://www.topnews.com.br/noticias_ver.php?id=28356
 


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