Um típico comboio de transporte fluvial, com 10.000 toneladas faz o serviço de 278 caminhões de 36 toneladas cada. E isso sem considerar os custos públicos de implantação e de manutenção de estradas de rodagem.
29/11/2008 - Por Luiz Prado
Durante um recente seminário sobre “A Nova Matriz Energética Brasileira”, o presidente da Empresa de Planejamento Energético – EPE, Maurício Tolmasquim, ao fazer duras críticas ao sistema de licenciamento ambiental e aos órgãos de meio ambiente mostrou que a usual truculência do setor elétrico em nada mudou. Com a cara mais lavada, Tolmasquim que a ótica do sistema de licenciamento ambiental é “segmentada”. Boa piada, quando se sabe que, com os usuais antolhos, o setor elétrico persiste na ótica de apropriar-se dos recursos hídricos sem pensar em seus usos múltiplos.
Falando a seguir, o ministro Carlos Minc rebateu às críticas com elegância: o setor elétrico é ineficiente.
Durante um recente seminário sobre “A Nova Matriz Energética Brasileira”, o presidente da Empresa de Planejamento Energético – EPE, Maurício Tolmasquim, ao fazer duras críticas ao sistema de licenciamento ambiental e aos órgãos de meio ambiente mostrou que a usual truculência do setor elétrico em nada mudou. Com a cara mais lavada, Tolmasquim que a ótica do sistema de licenciamento ambiental é “segmentada”. Boa piada, quando se sabe que, com os usuais antolhos, o setor elétrico persiste na ótica de apropriar-se dos recursos hídricos sem pensar em seus usos múltiplos.
Falando a seguir, o ministro Carlos Minc rebateu às críticas com elegância: o setor elétrico é ineficiente.
De fato, a repotencialização e a automação das hidrelétricas mais antigas permitiria um aumento significativo da capacidade de geração de eletricidade por uma fração do custo de implantação de novas hidrelétricas. Mas, aí, não há contratos com empreiteiras!
Além disso, o ministro Carlos Minc afirmou que os novos licenciamentos de hidrelétricas estarão condicionados à viabilização de eclusas e hidrovias, tradicionalmente desconsideradas pelo setor elétrico.
Além disso, o ministro Carlos Minc afirmou que os novos licenciamentos de hidrelétricas estarão condicionados à viabilização de eclusas e hidrovias, tradicionalmente desconsideradas pelo setor elétrico.
A conferir!
Nessa áreas, o ministro pouco poderá fazer diante da lerdeza do Ministério dos Transportes – que gosta mesmo é de rodovias, frequentemente investigadas pelo TCU por superfaturamento, e na moda das concessões à iniciativa privada, e da Agência Nacional de Águas – ANA, que mais parece um braço do setor elétrico.
O transporte fluvial, amplamente utilizado nos países sérios, tem custos significativamente inferiores e é ambientalmente muito mais saudável, aspectos que estão associados.
O transporte fluvial, amplamente utilizado nos países sérios, tem custos significativamente inferiores e é ambientalmente muito mais saudável, aspectos que estão associados.
A comparação inevitável é simples: com um litro de combustível, considerado o transporte de uma tonelada, um caminhão percorre 25 km, um trem percorre 86 km, e um comboio fluvial percorre 219 km.
Um típico comboio de transporte fluvial, com 10.000 toneladas faz o serviço de 278 caminhões de 36 toneladas cada. E isso sem considerar os custos públicos de implantação e de manutenção de estradas de rodagem.
Diante desses fatos, seria altamente recomendável que o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA saísse da mesmice e deliberasse no sentido de determinar o licenciamento das hidrelétricas implantadas no passado de forma a assegurar que fossem elaborados planos de usos múltiplos.
Afinal, as indústrias implantadas antes do sistema de licenciamento ambiental foram chamadas a fazer o seu licenciamento. Então, por que não as hidrelétricas? Num licenciamento desse tipo, seria obrigatória a construção de passagens para peixes (algo simples e de baixo custo), a utilização dos reservatórios para lazer e para piscicultura, a formulação de planos (com cronograma de implantação) para a efetiva recomposição das matas ciliares dos reservatórios e dos trechos mais sensíveis da bacia drenante à montante desses reservatórios de maneira a reduzir os processos erosivos e a aumentar a vida útil dos reservatórios.
Fonte: Luiz Prado Blog/Portal do Meio Ambiente
Diante desses fatos, seria altamente recomendável que o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA saísse da mesmice e deliberasse no sentido de determinar o licenciamento das hidrelétricas implantadas no passado de forma a assegurar que fossem elaborados planos de usos múltiplos.
Afinal, as indústrias implantadas antes do sistema de licenciamento ambiental foram chamadas a fazer o seu licenciamento. Então, por que não as hidrelétricas? Num licenciamento desse tipo, seria obrigatória a construção de passagens para peixes (algo simples e de baixo custo), a utilização dos reservatórios para lazer e para piscicultura, a formulação de planos (com cronograma de implantação) para a efetiva recomposição das matas ciliares dos reservatórios e dos trechos mais sensíveis da bacia drenante à montante desses reservatórios de maneira a reduzir os processos erosivos e a aumentar a vida útil dos reservatórios.
Fonte: Luiz Prado Blog/Portal do Meio Ambiente
LEIA MAIS: ESTRADAS DE ÁGUA
O Estadão afirma que a falta de planejamento e a pressa do governo na construção de hidrelétricas ameaçam a navegabilidade das principais hidrovias naturais do País. As usinas são liberadas sempre sem a exigência de que tenham também eclusas para permitir a passagem de barcos, balsas e até navios, sendo que quando são construídas depois da hidrelétrica pronta, ficam até 500% mais caras , segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). SAIBA MAIS
O Estadão afirma que a falta de planejamento e a pressa do governo na construção de hidrelétricas ameaçam a navegabilidade das principais hidrovias naturais do País. As usinas são liberadas sempre sem a exigência de que tenham também eclusas para permitir a passagem de barcos, balsas e até navios, sendo que quando são construídas depois da hidrelétrica pronta, ficam até 500% mais caras , segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). SAIBA MAIS
O TRANSPORTE FLUVIAL, SE LEVADO A SÉRIO, PODERIA SER UMA ÓTIMA SOLUÇÃO PARA O ESCOAMENTO DAS SAFRAS AGRÍCOLAS, MINÉRIOS E MANUFATURADOS, NUM BRASIL COM ESTRADAS RODOVIÁRIAS EM PÉSSIMAS CONDIÇÕES!
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