CONHEÇA O RIO ITAJAÍ-AÇU
Nos últimos dias, de cada cinco manchetes nos jornais e revistas brasileiras, três falam da tragédia no Vale do Rio Itajaí, que já matou (confirmados) 99 pessoas e desabrigou quase 80 mil.
Todo o país está se movimentando para ajudar a socorrer as vítimas das águas das chuvas naquela bacia hidrográfica, inclusive a região recebeu a visita do Presidente da República e conta com apoio das forças armadas, helicópteros e equipes especializadas da Defesa Civil de vários estados além da doação de alimentos, remédios, roupas e dinheiro.
Há uma corrente de especialistas e também palpiteiros que se arvoram a determinar que os problemas ocorridos naquela bacia seria decorrência direta das “mudanças climáticas” provocadas pelo fenômeno do “Aquecimento Global” que hoje é justificativa para qualquer problema ambiental no mundo.
Outros, com um pouco mais de discernimento e pé no chão são mais enfáticos, como o Editorial do Jornal o Globo, no dia 27/11, quando diz: “O descaso com a defesa civil é norma no país. No balaio da irresponsabilidade misturam-se a omissão do poder público e manifestações de irresponsabilidade civil, como, por exemplo, a ocupação de encostas e as agressões urbanísticas cujas conseqüências só são percebidas quando a natureza cobra a sua parte nesses abusos.”
Você pode também conhecer as opiniões de especialistas e ambientalistas brasileiros sobre o assunto, quando contestam as afirmações do jornal argentino “O Clarim” que defende o aquecimento global influindo na região Amazônica, como o responsável pela tragédia no Vale do Rio Itajaí. Veja o artigo:
ESPECIALISTAS BRASILEIROS CONTESTAM JORNAL ARGENTINO (dia 26/11).
Sabemos que além dos deslizamentos de terra em vários municípios brasileiros, acarretando soterramento de muitas residências e provocando muitas vítimas fatais, as inundações também causam grandes danos, principalmente para as cidades que perdem suas pontes, aterros, ruas e avenidas, invadem residências, comércios e indústrias, destroem sistemas elétricos e tubulações de água, gás, esgotos, além das lamentáveis perdas humanas. Saiba mais sobre
enchentes e inundações
Na tragédia de Santa Catarina o Rio Itajaí Açu (o mais importante do Vale do Itajaí) percorre 15,5 Km no Estado de Santa Catarina e atravessa os principais municípios que estão sofrendo os atuais problemas de inundações e deslizamentos, com severas e graves conseqüências, nesse final de novembro de 2008. Conheça mais sobre esse rio catarinense.
Foto Divulgação Governo Catarinense
Rio Itajaí Açu em Blumenau - SC
MAS O QUE SABEMOS SOBRE O RIO ITAJAÍ?
Da Wikipédia:
Rio Itajaí-Açu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rio Itajaí-Açu
Comprimento: 15.500 km
Nascente: rio Itajaí do Sul e rio Itajaí do Oeste
Foz: Oceano Atlântico
Afluentes
principais: rio Itajaí do Norte, rio Benedito, rio Luis Alves e rio Itajaí-Mirim
País: Brasil
O rio Itajaí-Açu é um rio brasileiro do estado de Santa Catarina.
O nome ITAJAÍ-AÇÚ é de origem indígena e foi adotado pelos índios que ocuparam a praia de Cabeçudas no município de Itajaí, estando ligado à formação de pedra conhecida atualmente como Bico do Papagaio. Na sua forma original esta formação assemelhava-se a cabeça de uma ave, o Jaó. Por este motivo a palavra Itajaí-Açú significa: ITA = pedra; JAÓ = o pássaro, a ave; YAÇÚ = rio grande - do Jaó de Pedra, ou seja, rio grande - do pássaro de pedra.
O rio Itajaí-Açu é o rio mais importante do Vale do Itajaí. Forma-se no município de Rio do Sul, pela confluência do rio Itajaí do Sul com rio Itajaí do Oeste. Seus maiores afluentes pela margem esquerda são o rio Itajaí do Norte (na divisa de Lontras e Ibirama), o rio Benedito (em Indaial) e o rio Luís Alves (em Ilhota). No município de Itajaí, pouco antes da foz do Oceano Atlântico - mais precisamente 8 km - o rio Itajaí-Açú recebe as águas do principal afluente pela margem direita: o rio Itajaí-Mirim. Passa, a partir daí, a chamar-se rio Itajaí.
Hidrografia
A bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu, está situada no domínio da Mata Atlântica, da qual se encontram os mais significativos remanescentes no estado na serra do Itajaí, que constitui o divisor de águas entre os rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim. O território da bacia divide-se em três grandes compartimentos naturais - o alto, o médio e o baixo vale - em função das suas características geológicas e geomorfológicas. O alto vale compreende toda a área de drenagem à montante da confluência do rio Hercílio com o rio Itajaí-Açu, incluindo ainda as cabeceiras do rio Itajaí-Mirim.
Principais munícípíos atravessados pelo rio:
• Rio do Sul
• Lontras
• Ibirama
• Indaial
• Luis Alves
• Blumenau
• Ilhota
• Itajaí
Foto: Nilton Santos - Itajaí - SC
Molhes de contenção, foz do rio Itajaí-Açú, entrada para o porto.
A BACIA DO RIO ITAJAÍ AÇU
Pesquisadora: Ivanir Mais
Localização
A bacia do rio Itajaí é a maior bacia da vertente atlântica de Santa Catarina, com uma área de 15.500 km2, correspondendo a 16,15% do território catarinense. A área da bacia abrange 47 municípios e possui 945.720 habitantes, dos quais 76% estão nos centros urbanos. A bacia encontra-se naturalmente dividida em três sub-regiões - o Alto, o Médio e o Baixo Vale do Itajaí. Os municípios de Blumenau, Itajaí, Rio do Sul e Brusque são pólos de desenvolvimento da economia regional, contribuindo com 28% do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina.
Recursos Hídricos e Meio Ambiente
As enchentes no vale do rio Itajaí são um dos maiores problemas da bacia. Esta situação resulta das condições naturais da bacia, mas é acentuada por um contínuo processo de sobrecarga da capacidade assimilativa e regenerativa do ambiente natural exercido pelos processos de produção do espaço estabelecidos pela colonização estrangeira.
Esta sobrecarga inclui a ausência de matas ciliares ao longo dos rios, pela ocupação indevida das encostas, pela descaracterização da paisagem natural do relevo por aterros e cortes, pela intensificação do desmatamento, pelas práticas agrícolas inadequadas, pelo uso intensivo de agrotóxicos e pela poluição através de efluentes industriais e domésticos.
No Alto Vale do Itajaí, as florestas foram intensamente devastadas, dando lugar à produção agrícola e pecuária. No Médio Vale o problema é a urbanização desenfreada pelas encostas. Na zona da foz, além da ocupação das encostas, localiza-se um dos poucos conflitos da bacia: a extração de areia, que também contribui para o processo de erosão das margens do rio. Não se observam grandes conflitos entre usuários, devido, provavelmente, à abundância de água na bacia.
Comitê de Bacias Hidrográficas
O Comitê do Itajaí foi aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos em 1997 e foi instalado em 1998. A primeira 'ação estratégica', realizada ainda em 1997, consistiu na realização de um workshop sobre os sistemas de alerta e contenção de cheias no Vale do Itajaí, o qual resultou na resolução dos problemas através de parcerias e diversos convênios firmados entre os Governos Estadual e Federal.
A segunda 'ação estratégica' (1998) visou a aquisição e divulgação de conhecimentos de outras experiências de prevenção e contenção de cheias e gestão de bacias em países europeus. Para este efeito foi criado um grupo de técnicos, empresários e lideranças políticas, o qual viajou, durante duas semanas, pela Europa e, após o seu regresso, disseminou as experiências visitadas, reforçando a importância do Comitê perante a opinião pública.
Em 1999, o Comitê promoveu um outro workshop "Pacto para prevenção de cheias do Itajaí". Este 'Pacto' visou a definição de diretrizes para o plano de prevenção e controle de enchentes no Vale, tendo subsidiado as negociações do Governo do Estado com o Overseas Economic Cooperation Fund (OECF).
Este projeto ampliou o foco de intervenção, incluindo a recuperação de matas ciliares, criação de reservas legais, restrição das áreas urbanas impermeabilizadas e planejamento de propriedades agrícolas.
O Programa de Recuperação da Mata Ciliar constitui um dos exemplos dessa ampliação, consistindo numa ação integrada de todos os municípios da bacia.
O Comitê também considerou como 'ação estratégica' a instituição da 'Semana da água', buscando uma 'campanha de cidadania pela água no Vale do Itajaí'.
Em 1999, envolveu cerca de 65 mil pessoas por toda a bacia, e em 2000 o número de pessoas envolvidas atingiu os 140 mil.
Acresce ainda que o CBH-Itajaí instituiu a Fundação Agência de Água do Vale do Itajaí em Outubro de 2001. A Secretaria Executiva do comitê funciona numa sala do Instituto de Pesquisas Ambientais da Universidade Regional de Blumenau (FURB).
As despesas administrativas são parcialmente suportadas pela FURB, havendo também alguns convênios de repasse de recursos de entidades parceiras do Comitê para a FURB.
Mais informações:
Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí (SC)
Instituto de Pesquisas Ambientais FURB
Rua Antonio do Veiga, 140
89.010-971 Blumenau - Santa Catarina
Tel: +47 - 321-0547
Nossa Prof Jarmuth, isso sim que é conteúdo. Agora posso falar com mais propriedades sobre esse rio.
ResponderExcluirAh, vale lembrar que eu add seu blog ao meus favoritos no meu blog ok? Eh, não quero saber de processos não, hehehe.
Excelentre trabalho.
Obrigado Gu Japinha,
ResponderExcluirQue ótimo que vc gostou e aproveitou nosso trbalho de pesquisas sobre o Rio Itajaí-Açu. Muita gente perguntava sobre esse rio e os problemas que a sua bacia enfrenta.
Informe o link do seu blog para que possamos tbem colocá-lo entre nossos favoritos.
Convido para que inscreva como "Acompanhador do Blog"!
Obrigadão pelo apoio!
Prof. Jarmuth