POLÊMICA PELO DIESEL MENOS POLUENTE

Petrobras é excluída de índice de sustentabilidade da Bolsa

A Petrobras foi excluída ontem do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, carteira que reúne ações de empresas que se destacam por seu "alto grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social".

A Petrobras decidiu não cumprir resolução do Conama que estabelecia que os níveis de enxofre no diesel deveriam ser reduzidos em 2009 para 50 partes por milhão (ppm).

Hoje as regiões metropolitanas recebem o óleo com 500 ppm, e o resto do País, com 2 mil ppm. Para Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo, "fica mais difícil agora para a Petrobras fazer propaganda se dizendo uma empresa socialmente responsável.

É um golpe enorme, a Petrobras será questionada internacionalmente, acreditamos que é possível que ela reveja sua posição".

Além da Petrobras, também deixaram de fazer parte do novo ISE as empresas Aracruz, CCR Rodovias, Copel, Iochpe-Maxion e WEG -

Fontes: OESP, 26/11, Economia, p.B16; FSP, 26/11, Dinheiro, p.B10.

DO CLUBE DO DIESEL

18 Nov 2008
Diesel menos poluente em 2009
As frotas de transporte público das regiões metropolitanas de Rio de Janeiro e São Paulo receberão Diesel S50, 50 partes por milhão de enxofre, já a partir de janeiro de 2009.

A Petrobras vai importar 1,8 milhão de litros para poder atender a demanda dessas duas capitais em prazo tão curto.Progressivamente o S50 será estendido para as frotas de transporte público de Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte entre agosto de 2009 e janeiro de 2010.

Outras capitais como Fortaleza, Belém e Recife deverão ter 100% das suas frotas utilizando o Diesel de melhor qualidade já em maio de 2009.Esse é o primeiro passo para que a estatal de petróleo nacional passe a ofertar o diesel S10, menos poluente ainda, em pequenas quantidades, a partir de janeiro de 2013.

Segundo o cronograma de evolução tecnológica de fabricantes de veículos, motores e Petrobras, esse combustível está destinado aos veículos que sairão das linhas de montagem em 2012.
Acontece - Postado por: Caio Moraes em 2:08 pm

LEI CONTRA O DIESEL FOI VETADA EM SÃO PAULO

Cresce o repúdio da sociedade ao descaso da Petrobrás e montadoras de veículos com a saúde pública da população. A revolta de diferentes organizações não-governamentais –expressa em pronunciamentos na Assembléia Legislativa de São Paulo pelo deputado Davi Zaia (PPS) e na Câmara dos Deputados através do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS) –, é contra o já anunciado desrespeito à resolução do Conama que determina a comercialização de um diesel menos poluente, a partir de janeiro do próximo ano.

Os dois parlamentares pressionam para que Petrobrás e montadoras de veículos, que já anunciaram que não respeitarão os prazos estabelecidos pela resolução, cumpram com o determinado. Eles promoveram debates sobre o caso nas duas casas legislativas, reunindo o poder público e organizações não-governamentais.

O diesel comercializado no Brasil é o S500 e o S2000. O primeiro contém 500 partes por milhão de enxofre e é vendido nas grandes cidades do País. O segundo tem uma quantidade ainda maior de enxofre, 2.000 partes por milhão, e é vendido nas cidades menores, principalmente nas rodovias que cruzam o Brasil.

Essa quantidade é acentuadamente desproporcional à do diesel que abastece as cidades da Europa, Estados Unidos, Japão, México e até mesmo de países latino-americanos como o Chile. Nos países europeus, por exemplo, é comercializado o Diesel S10, de apenas 10 partes por milhão.

Esse é um caso de crime contra a saúde da população, adverte o deputado estadual Davi Zaia (PPS) que apresentou um projeto de lei na Assembléia Legislativa de São Paulo proibindo a comercialização no Estado do diesel que contiver mais de 20 partes por milhão de enxofre, a partir da aprovação da Lei. O projeto foi aprovado no Legislativo, mas vetado pelo governo estadual.

O veto não significa o fim das gestões do parlamentar contra o que está acontecendo “A Petrobrás tem condições de produzir um diesel menos poluente e de acordo com o que é comercializado em outros países, assim como as montadoras também têm a capacidade de produzir motores mais modernos. A primeira porque é uma das maiores empresas petrolíferas do mundo, se gaba de produzir uma gasolina de alta qualidade e de suas ações em equilíbrio com o meio ambiente, as segundas por já deterem a tecnologia para a fabricação de motores adaptados à resolução do Conama”, afirma o deputado. Leia Mais

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