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19 de junho de 2010

Evolução ocorre mais rápido na periferia de recife de corais


Novo Estudo sobre evolução dos corais

Um novo estudo mostra que corais do Caribe vivendo na periferia de recifes podem evoluir novas características mais rápido do que corais vivendo no centro dos recifes. O estudo, publicado na revista “Science”, sugere novas formas de preservar esses organismos.

John Pandolfi, da Universidade de Queensland (Australia), e Ann Budd, da Universidade de Iowa (EUA), analisaram mudanças físicas e genéticas na espécie de coral Montastraea annularis, que vive no Caribe há mais de 6 milhões de anos. Eles colheram amostras de centenas de corais vivos, extintos e fossilizados.

Várias adaptações distintas foram observadas ao longo de milhões de anos nos corais que cercam Barbados e Bahamas, periféricos ao sistema de recifes do Caribe. Por outro lado, amostras tiradas de locais centrais ao sistema mostraram poucas mudanças.

O estudo é um dos poucos a levar em conta a taxa de evolução como um fator importante em esforços de conservação, em vez de ser importante apenas para a biodiversidade em um ecossistema. “Evolução é essencial para a vida na Terra”, diz Pandolfi, “então faz sentido avaliar um ecossistema pelo seu potencial evolutivo em vez de somente avaliar o número de espécies que ele contém”.

“Em vez de ser apenas indivíduos marginais lutando para sobreviver, o estudo mostra que corais vivendo na periferia são fábricas de diversidade, disse o biólogo marinho Chris Fulton, da Universidade Nacional da Austrália, que não participou do estudo.

Condições especiais - Os corais precisam de condições específicas para sobreviver. Em locais onde a água se torna muito quente, ácida ou profunda, eles não podem crescer e expandir suas fronteiras. Essas são as condições ambientais mais extremas em que corais na periferia do recife conseguem sobreviver.

Esse ambiente severo fez com que os corais periféricos evoluíssem rapidamente: “quando há muito fluxo ambiental, há muitas mudanças evolutivas”, diz Pandolfi.

Fulton acredita que o mesmo princípio é aplicável para outras espécies, como animais terrestres vivendo em comunidades marginais.

Aplicações – Os resultados podem influenciar a escolha de áreas a ser conservadas por grupos ambientalistas. Normalmente, esses grupos focam em áreas populadas com um grande número de espécies diferentes ou com grandes números de uma única espécie.

Mas a escolha não leva em conta a velocidade com que as comunidades estão evoluindo. Os estudos sugerem que esforços de conservação deveriam prestar mais atenção para as margens dos ecossistemas.

Já que os corais das margens estão acostumados a evoluir rapidamente, Fulton acredita que eles podem produzir mudanças na espécie que ajudariam a adaptá-la a mudanças climáticas ou até a criar uma nova espécie.

Malcolm McCulloch, um oceanógrafo da Universidade da Austrália Ocidental, não tem tanta certeza. Os corais do Caribe analisados evoluíram lentamente nos últimos 6 milhões de anos com o ambiente ao seu redor. Mas as rápidas mudanças observadas atualmente podem ser demasiado velozes mesmo para os corais da periferia de recifes.

McCulloch, no entanto, concorda com as implicações para os esforços de preservação. Os recursos exíguos da maioria dos projetos são alocados para a proteção de corais no centro dos recifes, “porque se pensava que eles tinham a maior chance de sobrevivência”. O resultado desse estudo põe em dúvida essa estratégia. (Fonte: Folha.com)


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