Ingá promove oficinas no interior do Estado para combater a desertificação
Oficinas ocorrem em Guanambi, Irecê, Glória e Juazeiro
O Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) – autarquia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – vai promover oficinas que integram o Programa Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-Bahia). O objetivo desses encontros é construir um diagnóstico socioeconômico e ambiental do processo de desertificação no Semiárido baiano que servirá como subsídio para a elaboração do Plano Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE-BA). O Ingá, com o apoio da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) identificou 52 municípios no entorno das regiões de Guanambi, Irecê, Jeremoabo e Juazeiro vulneráveis ao processo de desertificação no Estado.
A primeira oficina acontece a partir desta quarta e segue até sábado (16 a 19 de junho), em Guanambi (Centro Betânia – Rodovia Vereador Aureliano S. Andrade, km 4) – exatamente nesta quarta é comemorado o Dia Mundial de Desertificação. A abertura, marcada para as 19 horas, vai reunir lideranças comunitárias e representantes de organizações da sociedade civil, dos poderes públicos municipal e estadual. Também participam representantes dos Comitês das Bacias Hidrográficas (CBHs) do Rio de Contas e Verde e Grande, além do Colegiado do Território Sertão Produtivo.
No mês de julho, entre os dias 13 e 16, a oficina será realizada em Irecê (a 468 km de Salvador) com a participação de representantes do CBH Verde-Jacaré e do Colegiado do Território de Irecê. Ainda em julho, o Pólo Regional de Jeremoabo fará a oficina nos dias 27 a 30, mas no município de Glória (a 459 km de Salvador, no Nordeste baiano). Para participar do encontro, foram convidados integrantes do CBH Itapicuru e do Colegiado do Território do Semiárido Nordeste II. Juazeiro sediará a última oficina, entre os dias 10 e 13 de agosto, com representantes dos CBH Salitre e CBH do Entorno do Lago do Sobradinho e do Colegiado do Território do Sertão São Francisco.
Ao todo, estão sendo investidos R$ 1,5 milhão para PAE-Bahia, que irá beneficiar cerca de 3,7 milhões de baianos que vivem em 289 municípios no Semiárido através da implantação do Plano. Segundo a técnica da Unidade Regional do Ingá de Seabra, Rosa Maciel, e integrante do Grupo de Trabalho da Desertificação, “as mobilizações que estão ocorrendo junto às comunidades que precedem as oficinas são de extrema importância para colher informações à respeito de como essas comunidades têm convivido com a seca e a expectativa na melhoria das condições de vida após a implementação das ações previstas no programa”.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), a desertificação é um processo que culmina com a degradação das terras, dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e da biodiversidade nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, como resultado da ação de diversos fatores, com destaque para as variações climáticas e as atividades humanas, a exemplo do extrativismo de madeira e mineral, desmatamento desordenado, queimadas, salinização, superpastoreio ou sobrepastoreio (90% dos pastos usam a caatinga).
O processo de desertificação provoca três tipos de impactos: ambientais, sociais e econômicos. No primeiro, ocorre a perda da biodiversidade e a extinção de espécies. Mas outros impactos da desertificação também podem acarretar prejuízos ao meio ambiente, como a redução dos recursos hídricos, o aumento do processo de erosão do solo, a redução da área agricultável – esta consequência eleva custo da produção, provocando o aumento da pobreza e desencadeando uma crise social que provoca a migração das pessoas afetadas pelo fenômeno.
Mais informações:
Ascom INGÁ
Patrícia Santana, Brenda Medeiros, Raiane Veríssimo
(71) 3116-3286/3042/3024
BLOG SOS RIOS DO BRASIL
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