Reservatórios cheios garantem no mínimo dois anos de abastecimento
Rodrigo Brancatelli
05/02/2010 - Folha de S. Paulo
À mercê das chuvas e ainda preocupada com os níveis dos seus reservatórios, a Sabesp tem ao menos uma certeza - água não vai faltar para o abastecimento da Região Metropolitana pelos próximos dois anos, no mínimo.
Com o nível do Sistema Cantareira ainda rondando os 100%, simulações realizadas pela empresa mostram que, mesmo com uma precipitação bem abaixo da média nos próximos meses, o abastecimento está garantido até fevereiro de 2012. Se chover normalmente, a água do Cantareira pode durar até 5 anos.
"Como o Sistema Cantareira é imenso, a inércia também é grande. Demora muito para encher, mas também leva muito tempo para esvaziar", explica o superintendente de Produção de Água da Sabesp, Hélio Luiz Castro. "Sempre fazemos simulação para analisar o comportamento das represas, e vimos que, para chegar a um nível mais crítico, vai levar cerca de dois anos. Até se chover normalmente, dentro das médias históricas, isso pode levar cinco anos de abastecimento."
A última vez que isso aconteceu no Sistema Cantareira foi em 1999 - na época, o abastecimento ficou garantido até 2002. "Nos últimos 15 anos, só administrei falta d"água, justamente porque temos esse comprometimento com o abastecimento da região", diz Paulo Massato, diretor Metropolitano da Sabesp. "Vários cientistas hidráulicos, aliás, falavam que sempre seria assim, e com estiagens cada vez piores.
Agora, teremos dois anos de abastecimento garantido, contra todas as previsões. Foi uma excepcionalidade. Essas chuvas atípicas também vão mudar um pouco os nossos métodos de simulação. Em todas as nossas análises a partir de agora teremos de levar em conta a possibilidade de tormentas extremas."
O Sistema Cantareira abastece quase 9 milhões de pessoas das zonas norte, central, parte da leste e oeste da capital paulista e as cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul e parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André. Ele é responsável pelo abastecimento de 50% da população que vive na Grande São Paulo. Para produzir essa quantidade de água, o Cantareira faz a transposição entre duas bacias hidrográficas, importando água da Bacia do Piracicaba para a do Alto Tietê.
Com o nível do Sistema Cantareira ainda rondando os 100%, simulações realizadas pela empresa mostram que, mesmo com uma precipitação bem abaixo da média nos próximos meses, o abastecimento está garantido até fevereiro de 2012. Se chover normalmente, a água do Cantareira pode durar até 5 anos.
"Como o Sistema Cantareira é imenso, a inércia também é grande. Demora muito para encher, mas também leva muito tempo para esvaziar", explica o superintendente de Produção de Água da Sabesp, Hélio Luiz Castro. "Sempre fazemos simulação para analisar o comportamento das represas, e vimos que, para chegar a um nível mais crítico, vai levar cerca de dois anos. Até se chover normalmente, dentro das médias históricas, isso pode levar cinco anos de abastecimento."
A última vez que isso aconteceu no Sistema Cantareira foi em 1999 - na época, o abastecimento ficou garantido até 2002. "Nos últimos 15 anos, só administrei falta d"água, justamente porque temos esse comprometimento com o abastecimento da região", diz Paulo Massato, diretor Metropolitano da Sabesp. "Vários cientistas hidráulicos, aliás, falavam que sempre seria assim, e com estiagens cada vez piores.
Agora, teremos dois anos de abastecimento garantido, contra todas as previsões. Foi uma excepcionalidade. Essas chuvas atípicas também vão mudar um pouco os nossos métodos de simulação. Em todas as nossas análises a partir de agora teremos de levar em conta a possibilidade de tormentas extremas."
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